segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ró Mar

“…OS VENTOS DA ESTAÇÃO DE OUTONO…”

As árvores desnudam-se 
No florir os campos de ventos ocres, pela estrada 
Se desenha uma longa caminhada;
Um estio na alma vendo a sua alegre desfolhada,
Um frio na espinha quando sinto o seu rajar à face.

Um mundo novo para trilhar,
Os caminhos palpáveis da nova estação,
Que se avizinham; um enlace
Nos passos do presente a inventar
O carreiro da vida em direcção
Ao mundo desconhecido.

Tudo é uma novidade, pouco se sabe, mas, sabe-se
Que é, um longo, ou, curto caminho,
Uma acentuada passagem. Qual será o seu desfecho!?

Tenho fé e esperança no devir e amo a aventura,
O presente é a tecla da minha ventura
E nos tons leves mesclados d’um passado
Que aflora o momento
Percorro o espaço, no árido
Solo, as pegadas do oculto;
Filhos nascerão no futuro, ou, não!?

Pela estrada da vida desenho um mar
De ondas e contradições,
Sem certezas, mas, com convicções,
São os ventos da estação
Do Outono a espelhar o meu coração.

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