sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Eugénia Madeira

Marionetas

Moldei-te à minha imagem
pintei-te com o suor de minhas lágrimas,
foste mudando a expressão
lentamente com meu coração.
Tentastes sair do quadro
e invadir minha alma apaixonada
estávamos presos à loucura
do amor que nos consumia.
Rastejamos os dois entre as cordas
das distâncias que nos afastavam,
lutamos contra as tintas
que teimavam em alterar
o rumo do quadro do amor.
Tornámo-nos um par de marionetas
distintas e sem igual
a pintora e a pintura
num todo sem igual.
Tu no quadro a sair,
eu cá fora a entrar,
criamos um amor
entre as tintas imortal.

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