segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Maria Fernandes



Sou sozinha, apenas eu, me encontro só
Com os meus sentimentos, muito meus
Muito autênticos, muito puros, verdadeiros
Talvez chocantes, insólitos para os ateus

Pensava que seria possível encontrar alguém
Como eu, de alma inteira, lavada, disponível
Querendo compartilhar deste meu mundo aprazível
Viver, sonhar, dançar na lua, ir ao sol e voltar

Desenganada, passo meus dias, chorando
Contando os momentos, poucos de alegria
Até que surja o dia d’aleluia, possa ir ver os anjos
Talvez eles me compreendam, saia desta agonia

Adeus sonhos, adeus esperança, adeus sol nascente
Quero viver na noite escura, da cor dos sonhos meus
Peço desculpa à poesia que não gosta de me ver assim
A única aliada, ela que fica, quando todos disseram adeus

De noite escura me vesti, renego sonhos, fantasias
O sol já não penetra em minh’alma que chora
Apenas implora aos deuses serenidade e bondade
Para acalmar um coração que, louco, sangra e chora.

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