quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Manuela Bulcão

Arca das ilusões

Passeando na areia quente da ternura, procuro o meu tesouro das ilusões.
Um tesouro que tenho vindo a esconder das vagas e desilusões. Ao longe ouço os búzios anunciando que é chegada a hora de abrir a tampa e dar largas à imaginação...
E assim: - descalçar as sandálias do medo e tirar o cachecol do segredo, em breve a onda daquela ternura à muito guardada chegará e para o colo do amor saltará.
Visto-me de algas marinhas, nos olhos uma leve sombra de raios de sol d´alvora, prendo os cabelos com o perfume da orvalhada, no peito como adorno trago paixão anunciada...
Sento-me na praia do desejo, olho o horizonte do delírio, onde cada minuto que passa a tua ausência é um verdadeiro martírio.
O marulhar do mar é uma sinfonia, tal como a paz do mundo é uma alegria.

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