quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Manuel Manços Assunção Pedro

VAGUEIA A NOITE PELOS CAMINHOS

Nua, a noite, vagueia pelos caminhos,
envolvida em seus segredos e cansaços,
de gente que acomoda os seus espinhos,
soltando os seus anseios e embaraços.

Vibra ao longe a voz do tempo, em desalinho,
sobre as margens do riacho dos teus passos,
naquela casa térrea, entre os moinhos,
no Monte, em que parecem ser dois laços.

Há olhares que nos espreitam entre as telhas,
fogachos de mel mais livres que centelhas,
em leito de quimeras onde te amei.

Lá chegou o luar e foi espreitar
este meu querer e para ir contar
como no teu belo corpo o meu deitei.

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