quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Alfredo Costa Pereira

“VOAVAM BEIJOS TAMBÉM”

Esses teus lábios sorriam. Olhamos para o azul, o azul infinito do céu, até chegar o final da tarde à beira-mar!
A luz do sol agora já não ardia tão cruelmente. O sol poente cobriu-te com uma manta rubra para sabiamente
te acariciar embalando o teu pensamento naquele maravilhoso isolamento!
Estavam apenas tu, eu e o vento, naquele infinito aposento!
Chegou a noite enluarada! Foi então que vi, minha querida apaixonada, que nesses teus olhos divinos,
havia mais calor e vida que nos astros pequeninos!

E, como os astros de além, entre os meus lábios e os teus, voavam beijos também!

Os nossos lábios, saboreando o vento, o luar e a sua luz, iam murmurando: “como tudo isto nos seduz”!
Lembras-te? Vimos estrelas que sorriam, que corriam lá longe, e por detrás das nuvens lá iam!
E olhando para o horizonte plano, vimos como é calma a linha do oceano!
Mas para cá, bem perto da nossa ideia, as ondas digladiavam-se para ver qual era a primeira a beijar a areia!

Nessa noite dei-te os meus braços ardentes em troca do teu sorriso,
e este meu poema perfumado com alfazema!

Nada mais foi preciso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário