segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Alda Melro

Minhas Mãos

Minhas mãos são conchas que se abrem
Quando as tuas se aproximam
Quentes, macias, tateiam as minhas
Que sorriem e se queimam também!

No fogo que arde escondido
Nas pregas da tua pele
Seda de carmesim
Incendiando meu corpo
Em lençóis de cetim...

Lábios que se colam
Nas cerejas por eles pintadas
Num fogo lampejante de querubim
Vem, meu amor
Quero amar-te assim!

Sem reticências…
Exclamações!
Apenas sentir-te colado a mim
Como anjo sem asas
Cortadas pelo vento
Para fazeres parte de mim!

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