terça-feira, 23 de julho de 2013

Teresa Gonçalves

intocável
divinamente intocável
a bola de fogo coruscante no céu infinito
desce lenta
as escadas do horizonte
e espelha-se na imensidão do mar
à superfície da água que, em suaves beijos de ondulação
murmura o seu crepúsculo.
sem beijo adiado
sem abraço esquecido
chega dos eternos caminhos
desmaiado das cores brilhantes
à tranquilidade das planícies e dos montes.
intocável
divinamente intocável
depois do pôr do sol sem pétalas frias sangrando
o crepúsculo cai ileso sobre a tela da Natureza.

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