terça-feira, 16 de julho de 2013

São Reis

Não me digas nada!
Não me peças palavras
nem sílabas
nem temores
Deixa-me na pele
apenas tremores
de tanto te querer
e na boca uma prece por dizer

Entrega-me essa tua boca calada
e na luz ora bruxuleante
ora velada
cerra os teus olhos
de encontro aos meus
descerra o teu semblante
desenruga a tua testa
quem sabe dois véus
veêm melhor que apenas um
por alguma pequena fresta
que nos sobre
E se ao sermos um do outro
não formos de nenhum
nem sobre nós nada se mova
e nem mesmo assim soubermos
ser de mais ninguém
que se salve essa paixão sem fim
que sobre nós recaiu
e que fiquemos assim
eu aqui e tu aquém...de mim
já que tudo o mais ruiu!

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