segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ró-Mar

Jardim a Oriente

A visão do Ser

Sou o azul que prolifera
Pelos arvoredos sentimentos
Vejo pela metade, a que se floresce
Nos pensamentos.

A outra nem quero ver,
Prendesse-me os movimentos,
Quero beijar o celeste que me devora
Os lábios silentes e bem guardar estes momentos
Na memória a florescer,
Caminho que por milagre se deu a mim.

Quero viver, viver plena de mim,
De todos os sonhos,
Pois não sei se o dia é bom conselheiro
E eu não quero ver…
Quero mais é viver
Neste espaço que conquisto
Onde há estrelas a florir pelo caminho.

Este meu olho mirabolante capta os fluídos
Que se beijam nas linhas do pensamento
E se casam no coração,
E, é este amor eterno
Que vou levar comigo.

Pois, desta vida pouco ou nada se leva,
Mas, eu não quero ir de mãos vazias,
Alguma coisa vou levar,
Nem que seja o olho azul para adormecer
No eterno sono.

Pela metade dizem que nunca se é nada,
Mas se o todo é nada, o que será a metade,
Talvez a metade não seja nada.

Pois, há quem não consiga enxergar
Que do nada nasce o todo,
Eu sou da filosofia que o nada é um todo.

Pois, sem ele eu nunca seria nada,
Nem que seja pela metade
Que é a minha vontade
E essa é um todo.

Quero conhecer
Toda a deliciosa vida que há neste mundo,
Pois, a outra eu conheço e nem quero ver.

Estou receptiva a todas as ondas magnéticas
Que se incorporam na minha alma,
É a elas que tenho de obedecer,
Pois são elas a razão do meu viver.

Nas “teias” do universo criei o meu ninho,
Que é um aparte com muito mérito,
Onde a dignidade é gente
E gente é que é.

Vivo nas estrelas…
Dirás:- estás a sonhar…;
Dir-te-ei:- Pobre de ti que não tens sonhos,
Sente estas margens energéticas.

Nesta janela as portas
São abertas à humanidade,
Há uma virilíssima claridade,
Não uma multidão
Que se atropela sem saber
Muito bem porquê.

Eu cá sei bem dos meus quês,
E olha que são muitos
E ainda te cuido se quiseres ser uma metade,
Pois a tua metade tem os seus quês.

Pensas que és completo,
Então espreita e vê,
Vais dar razão ao que te digo,
Tenta encontrar o teu quê.

“Ser”, não é viver, “ser” é saber viver,
Há quem diga que vive, e nem sabe o que isso é,
Eu cá sei, à minha maneira, mas vivo.

E, tu serás que vives, vives porque estás vivo,
Mas o que é essa coisa de estar vivo,
Eu estou viva e não vivo
Como tu, vivo pela metade,
E olha, acredita que estou viva
E vou levar comigo um todo,
Pode não ser muito, mas é.

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