segunda-feira, 22 de julho de 2013

Élia Morais Araújo

(Fulgor)

És a minha condição, de estar sozinha,
Aqui, neste ponto, mas cheia de ti…
De’estrelas a’cender um mar que caminha,
P’las madrugadas quentes que te senti.

Rua, voz de pássaros num entardecer,
Inexpugnável, a dança consumada…
Monstros, medos, não o impedem de crescer,
Ao álamo eterno em terra delicada!

Rosa és, meu pensamento, sonho azul…
Sino, silêncio, sotaque das palavras,
Presságio do veludo perfeito, tule…

Afinal amor, me acendo no teu sangue,
As pálpebras se abrem, recuperadas…
Em teu regaço, meu espírito se expande…!

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