Pensamentos vacilantes
Submersa em pensamentos
Confio á minha alma lânguida
Os meus desassossegos
E as minhas vontades.
Controlo a magia desenfreada
Dos meus fantasmas
E das minhas tristes lágrimas
Por instantes…
Destilo dos meus olhos estranhos e perdidos
O murmúrio da chuva invisível e salgada…
Choro na imensidão
Dos meus versos mansamente
E aos poucos tudo cessa
No meu coração e…neste poema meramente.
Colho os silêncios espaçados
E a vaga do perfume distante
Grave e austero.
Mordo os meus lábios secos e macilentos...
Secam na minha boca
As palavras quentes e doces
E os beijos que nunca te confiei…
Falece-me aos poucos
O crepitar da essência.
Movem-se sem rumo os sonhos…
Perdura a saudade
Nas asas dos meus voos…
Recordo melodias em carne viva
Cheias de febre e de sangue a latejarem.
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