domingo, 30 de junho de 2013

Telma Estevão

Não sou apenas um poema…

Lembra-te, não sou apenas um sonho que te envolve
A voz e os braços de um poema 
O desvio que tira o sono e o sossego à tua alma.

Percebe que os meus sonhos
Transbordam das minhas mãos curiosas
E deslizam pelos meus dedos, inquietos e ágeis
Tardando a minha dor e o meu envelhecer.

Se entrares no covil da minha alma
E de mansinho te moldares a mim
Sentirás, cada vez mais
Um remoinho de sensações dentro de ti.

Não deixes que eu perca a inspiração…
Verta palavras tortas e em labirinto...
Letras falhadas, frias e sem compasso
Versos embrenhados, incertos
E distantes.

Só te peço que deixes a minha saudade, reprimida
Se entregar e adormecer na ilusão
Só te peço que me deixes sentir as tuas prosas sem medo.

Ai amor! Ajuda-me a pousar nos teus sonhos
Adormecer com o teu rosto
E na madrugada nascer-te.

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