domingo, 30 de junho de 2013

Ró Mar

Hoje não estou cá,
Estou apática, voasse-me a alma
Entre o ser e o querer.
Sim porque, para ser 
É necessário querer,
E eu não sei se quero!

Tenho caminhado
Pelos laivos dos meus sentidos,
Que falam vivos,
E, olhem que eles falam muito,
E quanto!

Mas, hoje não sei se quero,
Há sempre uma vez nossa,
Talvez seja isso, ou nem tanto,
Respiro uma certa mossa.

Falo de sentimento,
Raízes, que no vez em quando
Afloro nas asas de borboletas
Que se esvoaçam ao universo,
Digamos que, umas feridas saradas a verso.

São gritos da alma,
Gemidos do coração
Que me assombram, vou-lhes trocando
O passo, num ligeiro movimento,
Uma forma de conviver com a paixão.

Mas, hoje não estou cá,
Será que não sou, ou que não quero ser,
Talvez esteja um pouco cansada de ser,
De viver o que sou no voo que não quero ser.

Não quero, ou quero,
Esta minha indolência
Deixa-me um pouco perplexa,
Talvez seja uma fase reflexa
Mas é esta a minha essência.

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