Trapezista
Dia cinzento, húmido, sombrio
Minh ’alma busca luz, um brilho
Tudo escuro, nublado, vazio
Trapezista, presa à vida por um fio
Quero-me queda, o corpo balança
Num arremedo de vida e esperança
Ouço o ribombar da noite a chegar
Seguro a vara para não desequilibrar
Percorro a corda, sorrio, aceno
Enceno lindos passos de dança
Na alma o medo, no rosto a confiança
Recebo aplausos, resultou a farsa
Transmutada em boa equilibrista
As lantejoulas escondem o calafrio.
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