sábado, 29 de junho de 2013

Manuel Manços Assunção Pedro

OLHAS P’RA MIM

Olhas p’ra mim… não invejes o que vês… 
Que sou simples, como a água num ribeiro!
Não sou, nem tenho, a vaidade que tu crês,
P’ra salvar a redenção do mundo inteiro.

Olhas p’ra mim… repara bem no que vês…
Sem ser astro, sou como o vento ligeiro,
que te afaga a “flor do rosto”, que talvez
por ti pague o seu quinhão em cativeiro.

Olhas p´ra mim… dizes sempre que sou grande…
Mas grande em quê, se em mim já nada expande…?
Chego a não saber até onde é que estou!

Desatento, nem sempre sei o que quero,
sem saber de onde venho eu desespero,
e chego a pensar que sou o que não sou! 

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