quinta-feira, 13 de junho de 2013

Jonas R. Sanches

A Última Batalha

É a batalha dos tempos que vou lutar
cavalgando em cavalos estrelados
empunhando a espada da iniciação
e o sangue lavará e purificará a terra;

e serão todas as hordas no embate
e morrerei entre todas as tumbas
para renascer de estandarte imortal
e um galardão de luz dentro do alforje.

É a batalha dos tempos que vou lutar
e nas entranhas o punhal revelará
todo mal que há de sucumbir aos gritos
e tocarão trombetas ao meu exército.

Pelos campos o aço brandirá feroz
e dez mil me acompanharão famintos
prontos a romper as barreiras e pudores
e cessarão os mil anos de escuridão.

É a batalha dos tempos que vou lutar
e libertarei os grilhões dos meus dragões
e meus cães roerão os ossos dos inimigos
enquanto trovadores fúnebres cantarão promessas.

Então o céu se rasgará em raios
e das nuvens enxofre avassalador;
então, nossas flâmulas colorirão as planícies
e assim a paz será restituída.

E já não haverá deuses cruéis,
e já não haverá pranto e lamento,
somente os olores da nova primavera
e as flores da morte espalhadas ao vento.

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