terça-feira, 18 de junho de 2013

Gil Ordónio

Exício

estou preso no tempo 
Tenho a alma perdida nas ruínas 
De um passado 
Que representou na minha vida
O início da decadência
Da minha matéria.
Hoje,
Trago o destino dos desventurados,
o confronto de épocas me mostra
O quanto estou disperso em meus próprios
Sentimentos.
Já não consigo discernir entre
Estar vivendo ou existindo,
Confundo-me entre um riso e uma gargalhada.
As vezes trago no sorriso
A dor dos desesperados, e
Nas minhas lágrimas
A alegria dos esperançosos, que
Desencantados com o mundo
Sugerem à própria vida, um pouco de vida
Para sua miserável existência.

Quero liberdade para libertar-me!
Quero alegria para sorrir!
Quero um mundo que me faça sentir humano!
Quero estímulo para sonhar!
Não preciso da morte para valorizar a vida.
O que quero é vida... Para viver! 

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