Esta Guitarra Que Trago
Trago no peito uma guitarra
que nem sei bem como lhe tocar,
mas qualquer coisa em mim se desgarra
e faz-me viver tão perto, até mesmo do teu olhar.
Nas pontas dos meus dedos o destino
que canto com voz simples de poeta;
em que este poema como um cristal fino
tem a imagem de uma vida real e aberta.
São fados estes meus olhos iguais
aos olhos daqueles por quem eu tanto canto.
E quando canto, silêncios leais
quebram todo o mal de quebranto.
Quando um dia esta guitarra que trago no peito
tiver a forma bizarra de um caixão;
dirão à sua passagem, que era ou não era um defeito,
quando tocava para Todos, por igual compaixão.
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