quinta-feira, 20 de junho de 2013

Jonas R. Sanches

Do Amanhecer a Pureza de um Amor Sublime

Amanhecida a flor da vida
nesse jardim auspicioso
e um redolente sopro novo
a refrescar a face crua

a me olhar como alma nua
observando as batalhas
a ferro e fogo nessa mortalha
que invade e transmuda o ser.

Amanhecida a ignota poesia
e, entrelinhas o meu segredo
que oculta todos os medo
de encarar a face do sol

que transparece no arrebol
e, na aurora o pensamento
observado em cru momento
e, disposto em letras das estrelas.

Amanhecido o doce orvalho
d’onde cessa a sede de uma pétala
em suas cores tão repletas
da mãos divinas arquitetônicas

e a natureza em toda a pompa
então revela nata sabedoria
e se desfaz na noite fria
de um pesadelo já despertado.

Amanhecido então os versos meus
tão puros que serão os seus anseios
e os meus desejos a se misturarem
no beijo azul de um firmamento

e, a sensação vem contemplar
em sua tez augusta e velutínea
d’onde desabrocham todas as rimas
d’onde germinam as semente do amor.

Agora é a dor que amanhece
e na sua olência se arrefece
então me conforto em seu carinho
e, meus devaneios se perdem na distância que nos separa

e assim meu coração dispara
e para, e jaz como outrora;
então no peito ele se demora
aguardando novamente te tocar.

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