segunda-feira, 17 de junho de 2013

Celeste Leite

MAR ENCANTADO

Sinto a tua beleza, o teu porte, a tua graciosidade, a tua vaidade,
Em cada onda fecundada, largada na areia que beija os meus pés.
Destemida fronteira que ruma ao desconhecido na leveza das marés.

Agora que estamos sós, ouço o teu sonido, num eco profundo,
Nesse teu bailar, nesse teu gracejar ondulante de sonho vagabundo
Sinto-te como um campo fértil por lavrar nessa tua imensidão
Sinto-te milagre, desenhado ente a terra e o céu, minha paixão
Mas é triste o sofrimento, o pranto de quem tanto te chora
Que na hora tu calas quem quer gritar,
Afagando com teus braços a dor e o soluçar.

Serás sempre também a tentação, o encantamento do verbo amar
Recordações e momentos em que me vieste docemente namorar
Fazendo-me lembrar, no beijo que me dás a beber, como é bom amar.

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