sexta-feira, 28 de junho de 2013

Auber Fioravante Júnior

Desnuda Melancolia


Logo mais quando a noite cair 
E o céu por si iluminar-se, 
Quiçá, um lamento vestido de dor
Tomara conta do peito já despido,
Em devaneios ocultos, meu silêncio!

Pelo firmamento de Neverland
Cometas e gametas surgem junto
Ao estralar desenhado em anversos,
Etéreos como o instante da escrita
Verve do elemento água, vida
Que vem da montanha!

D’onde nasceu o rio,
Sereno navega o veleiro de velejar
Nas letras do âmago incontidas,
N’alma desprovida da lágrima,
Mas não do pranto silente amigo, onipresente!

Ah, doce melancolia!
Da onde vens para onde vais
Doando-te assim, em versos instrumentos
Do corpo celeste, do garimpar entre as nuvens
Da magia de sentir o sentimento e sua nobreza?!

- Sou do pulsar, sou da fantasia do coração!

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