terça-feira, 28 de maio de 2013

Celeste Leite

LINHAS DO HORIZONTE

É com estas frágeis asas que possuo que levantarei voo.
Para trás fica a saudade, a inconformidade e o sofrimento.
Não tenho medo de sonhar nem de passar a linha do horizonte,
assim o meu coração aguente no vislumbre do meu sorriso.
O abismo esteve próximo, mas surgiram pequenas palavras no vazio,
como corda de salvação.
O meu peito alberga agora paradigmas que me levaram a todos os lugares
e o que ficou para trás ficou estagnado, mesmo que o agora não me presenteie,
com quem quero ter ao meu lado.
Ergo os olhos à cumplicidade do dia que se avista.
E deslumbro-me com as perguntas que caem em catadupa na minha mente.
Deixei que sobressaísses em mim, sob a solidão que me transformou naquilo que hoje sou.
Divido-me entre recantos de silencio e chuvas impiedosas de amor rebelde.
Não sou de grandezas mas gosto de ver a luz ao fundo do túnel e rasgarei todos os caminhos que me obstruem a passagem.
A anatomia dos medos não é para mim.
Este sonho que cresce em mim sem que eu o consiga conter,
será o que me levará até ti para que agora e sempre eu me possa erguer.

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