sexta-feira, 3 de maio de 2013

Celeste Leite

ESPERANÇA NO AMANHÃ

Os dias foram passando, os anos vieram com as chuvas penosas do inverno
e o sol já não me aquece o sangue que me corre nas veias, apenas me vai dando um sorriso para que eu não perca a esperança nem a lembrança desse teu rosto feliz.
Quis Deus ou o destino que os nossos rumos seguissem em duas direcções, que te perdesses em ilusões e me escapasses por entre os dedos.
Foi para mim uma queda no abismo e um desacreditar no amor.
Depois vieram as primaveras, as flores e as novas cores na minha vida, comecei a me erguer devagarinho e a ganhar raiz noutro solo que acabou por dar fruto surgindo mais tarde alguns rebentos.
De novo vieram uns ventos frios que sopraram em todas as direcções, terríveis vendavais de angustia mexendo com todas as emoções, separando de novo dois corações.
Prendi-me à escrita aos rebentos que cresceram com amor em solo fértil e serenamente deixo que as minhas palavras naveguem ao sabor dos ventos quentes e finalmente cheguem a bom porto.

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