quinta-feira, 30 de maio de 2013

Alfredo Costa Pereira

“NOITES DE ORVALHOS”

Quando a saudade por mim tenta chamar ressolto,
À longa estrada conhecida, de vez em quando volto.
Na tua casa vejo as estrelas nas mesmas posições,
Que iluminaram sempre os nossos dados corações!

E sobre as árvores dispersas, despontava a bela lua,
Que ouviu beijos trocados e viu os nossos segredos!
Nossas almas juraram fidelidade eterna naquela rua,
Ao sentirmos nas bermas o aroma dos altos vinhedos!

Não podia acabar o amor nessas noites de orvalhos,
A ouvir o sussurrar da nascente, sempre sem parar,
Prosseguindo seu curso à luz da lua sob os carvalhos!

E antes de contar o tempo, medindo-o pelo infinito
Lembro o teu olhar terno e melancólico, fixado no ar!
O sol raia a terra e desabrochas no botão mais bonito!

Nenhum comentário:

Postar um comentário