quinta-feira, 4 de abril de 2013

António Montes

ADEUS TERRA

Adeus terras magníficas
de sonhos e futuro garboso
foi lá que eu plantei as dicas
de rimas e poemas jeitoso
nos sulcos aberto da prosa
tempo que não foi chuvoso.

Foi ceifado a minha planta
no podão da cruel repressão
lamina de época antológica
de mente sem amplidão
me deixaram de mãos atadas
no morão sobre escuridão.

Para o século 21, vou na boa
quem sabe se la tenha encanto
onde as minhas palavras solta
eu consiga sol e também canto
e o vento venha a me soprar
o seu Silvio em forma de canto.

E lá sem nem uma repressão
talvez no campo mais aberto
eu possa plantar as falas
semeando em tempo certo
não quero corrente nem bala
nem ser atingido por projétil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário