segunda-feira, 29 de abril de 2013

Antonio Montes

VIRAR DE CABEÇA

Fogo-pagou, canta fogo-pagou fogo-pagou
assim é a rolinha cantando carinhosamente
de manhã cedinho em seu galho seco pousou
com carinho na base do encanto inocentemente
lado a lado com a sua companheira amiga cantou.

Fogo-pagou antes porem acendeu o nosso amor
com afago e com carinho cedinho fogo-pegou
mas o nosso amor no tenro crepitar continuou
e a saudade imensa nunca, nunca si quer passou
e com esse amor em ti de braços dado estou.

Não é só o fogo que pegou ou fogo que apagou
tem o sabia que na figueira também vive a cantar
e o bem-te-vi por aqui é, te viu quando te olhou
o inhambu no repente se assustou correu e levanta
e o tiziu pequeno, mas em seu galho pulou-pulou
o quero-quero toda a sua boiada gritou espantou.

Logo na noite o lobo no morro sobe na pedra e urra
e o sapo sai do buraco, vem na luz atrás de mosquito
e na porteira passa bem treiteira aquela velha burra
o saci-pererê preto treiteiro assovia e da um grito
e no toco virando a cabeça ali esta a dona coruja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário