sábado, 13 de abril de 2013

António Montes

PELO BEIJO

Foi em uma tarde dessa sem pressa
em aconchego nas assas do sentimento
pousado na distancia eu o computador e a tecla
junto descobrimos a antidoto do sentimento
iniciamos um sonho de amor nesse tempo.

De um lado uma fada uma rosa um jardim
uma esperança uma anja um implanto de carinho
uma navegação transportando um coração de mim
fazendo com gravetos em arvore um ninho
onde os trilhos e trens nunca mais serão assim.

É amor que no galho da roseira farfalha
é ciclone no mundo me trazendo a dama
é solidão a despertar o meu berço de encalha
é lençol dessa vida rebuçando quem ama.

é desejo de beija-flor pelo beijo da flor
é a sugação do néctar expelindo o pólen
é a linha do equador lançando o amor
é o afago embebido no ultimo gole.

no esboço do passado demonstrei meu coração
e na vereda da solidão eu andei o meu andar
e com o toque do teclado eu burlei minha paixão
com falas iguais facas afiadas, acordei o meu amar.

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