Sinto o corpo a soluçar
Ao ritmo do coração
Parecendo não querer ficar
Nesta vida solidão
Sou um deserto de amor
Sou um sobreiro queimado
Nunca serei uma flor
No meio de verde prado
Suporto o peso do céu
Na sua pesada leveza
Invejo o que não é meu
Por isso eu sou tristeza
Invejo o sol e o vento
Porque te afagam o rosto
Invejo o passar do tempo
Sempre posto e reposto
Se houver vida alem da morte
Eu quero estar a teu lado
Que Deus me conceda a sorte
De seres o meu anjo alado
E que no céu do teu ser
Forrado de nuvens brancas
Possamos assim viver
Sem grilhetas e sem trancas
Com amor e sem pecado
Viver só do teu sorriso
E se estiver destinado
Eu seja o teu paraíso
Parecendo não querer ficar
Nesta vida solidão
Sinto o corpo a soluçar
Ao ritmo do coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário