sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013





























MANHÃ DE FESTA”
Depois de serenas noites, ao cimo da rua estreita
Formada por casas de telha vã, eis que alguém deita
Foguetes no espaço, e as nossas lágrimas deslizam
No morno regaço da manhã, com os ecos que faziam!

Eu, artista da terra, à arte da pintura me entreguei
Com tal fulgor que, como uma trincheira a utilizei.
Cada pincelada que fazia, era quase um cliché
Colorindo e animando a festa na rua, desde o sopé!
Perto da rua estreita, havia um lago de águas quietas,
Mansas, prateadas, que inspiram pintores e os poetas!
Lá espelhavam os teus olhos, sem sonhos ou ilusões!

Ali juntos a namorar, sentíamos no meio da pintura,
O pranto doce cair no lago, sobre a nossa moldura.
Lágrimas de amor que ondulavam na água os clarões!
Alfredo Costa Pereira

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