quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013





  • SOBRE PÉROLAS...

    No ostracismo do meu pensar,
    Reluz a pérola:
    Da areia, se fez a branca célula...

    A natureza segue seu ritmo,
    Transformando o grão de areia,
    Em pequena beleza cobiçada...

    Grão = Semente
    Abro-me para o mundo:
    Talvez não seja a pérola,
    E sim, a concha...

    A pérola branca, ama...
    A pérola negra, aceita esse amor.
    As pérolas se fundem,
    Miscigenadas, tem um maior valor...
    Pérolas mais reluzentes!

    Seguem juntas, fundidas na mesma concha, mesmo sendo tão diferentes...

    Fátima Abreu Fatuquinha

    * Bárbara Godinho






    A areia se encaminha
    Levada pelos seres marinhos...
    Encontra então, seu destino natural
    A 'casa' que irá lhe abrigar
    Do frio, do mar...
    A concha, cravada no fundo do oceano
    Transforma-se em moradia
    Grãos de areia, tornam-se pela natureza,
    Pérolas, de magia...
    Cobiçada, desejada pérola
    Adorno reluzente
    A pérola,
    Que a areia, foi sua semente...
    Pela ação do tempo,
    Ela se formou...
    Pérolas, que o pescoço emoldura,
    No colar mesclado:
    Pérola branca, minha, nua...
    Pérola negra, beleza tua...

    Fátima Abreu




    • 1


      Desenho apagado

      Cansaste-me em palavras cruas,
      Que me ardiam desnudadas

      Onde desenhaste em gestos de loucura,
      Pungentes melodias, mascaradas.

      Em actos,
      Que me eram partos, sem tempo, nem espaço

      Queimando na escuridão, a luz dos meus dias
      Num frio que arrepia as noites sem nome.

      Na minha boca, nasciam-me impérios de pedidos
      Folheados em agudos silêncios…Nunca ouvidos.

      Agora, apaguei todos os sinais que fui tatuando,
      Numa inquietude invertida,

      Onde me repousa a mente, protegida.
      No cansaço, que em mim descansa.

      E me incendeia numa verdadeira paixão,
      Em taça de beijos…Na boca da exactidão.

      MelAlmeida
      * Bárbara Godinho

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