sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Salvar-se

Entrar no mundo surreal da morte
Entregar seu dote para nela seguir
Postulante a descarnar-se pelo tempo infinito

Deixar que o julgamento se fizesse

Pela ação da desventura semeou a tristeza
Na vida colheu as tragédias da emancipação
Perdeu a alma por não ter sentido
Gelou quem ama e fez do choro a aventura

Esqueceu-se do paraíso fez as lágrimas verter
Receoso desprezou o remorso que poderia salvar
Cometeu o crime mais não se rendeu fez chorar
Errante e a mingua para o sempre vagar

Aceitar-se em seus atos que livraria o espirito
Tornando possível o perdão receber
Das tragédias que sempre se insinuam
O brilho da alma não se deve apagar

Atroz é o rumo da vida que não se apegam
Encontre a maneira sincera
Que nem sempre é bela mais a verdade é assim
Recubra-se com o manto da esperança

Prepare-se para as mudanças desta boa nova
Encaminhe seu espirito em vida
Faça o bem e se permita a errar e aprender
Sua paga será a aventura ou o sofrer

Que o pranto regue as sementes
Esperando os entes sua salvação
Ceifada as flores se calam apodrecerão
Morrer é sumir sem vestígios

Hélio Ramos de Oliveira





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