terça-feira, 9 de outubro de 2012

PORQUE NÃO SEI… DIZ-ME!

Diz-me porque há profundidade 
nos teus olhos 
e nas noites que me afagam o rosto 

como se não houvesse amanhãs.

Diz-me porque o amor que te tenho
alvoroça o tempo de ontem e de hoje
e o destino se desenha
no fogo da tua boca tão minha.

Diz-me porque as aves migratórias
voam rasando as águas do oceano
e se perdem no azul dos cabelos de Anfitrite.

Diz-me meu amor
porque te chamo meu amor
quando o teu corpo me atordoa,
porque há uma espécie de sono
na tarde pintada da cor dos teus anjos
e a luz da lua me oculta a alma.

Diz-me tudo, meu amor…
Tudo quanto não sei.


© Francisco Valverde Arsénio




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