segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Não digas nada! Houve o que tenho para te dizer!

Não digas nada!
Houve o que tenho para te dizer!
Na minha já longa jornada

Percorri uma estrada
Onde tive momentos de estarrecer!
Vivi os tempos mais dolorosos
Que alguém pode imaginar!
Tempos vergonhosos
Pelos quais tive que passar!
Perdi tudo na vida!
Sonhos, amigos, valores;
Perdi a minha própria guarida
E vivi os maiores horrores!
Corria…corria (como um cavalo
De aço corre atrás do inimigo)
À procura daquela que julgava
Ser a minha identidade.
Corria… corria num intervalo
Que eu pressagiava
Ser o meu melhor abrigo
Para alcançar a minha liberdade!
Afinal não era mais que uma mansarda
Que me roubou a minha verdade!
Anos… e anos a fio
Numa existência errante.
Conheci (de fio-a-pavio)
A humana vileza mais horripilante!
Não digas nada!
Houve o que tenho para te dizer.
Um dia nessa jornada
(estava quase para morrer)
Uma luz na minha alma quis acender!
Era uma luz brilhante, de esperança
E que despertou em mim e me fez perceber
Que tinha que escolher
Entre acreditar em mim e ter confiança
Para voltar a ser grande
Ou então morrer!
Não digas nada! Houve o que te vou dizer. Apreende
Esta história de vida que eu tenho para te contar!
Ousa sonhar ser aquilo que quiseres ser,
Mesmo que aos outros pareça inusitado!
Mas nunca sonhes com o que não és, com o irrealizável!
Só assim poderás enobrecer
Os sonhos em que tens acreditado,
(No teu ser indivisível e irrepetível),
No teu mundo deveras admirável!

Luís Lameiras




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