domingo, 14 de outubro de 2012

Meu sol

Assim se nasce assim se morre… assim terminam os dias

Assim se amam os seres…vivendo e sobrevivendo, entre balas e flores,
Assim nos chega a tristeza…assim nos chega e nos foge a alegria
Assim se esvaem os sonhos…fruto de anos e amores

Construi castelos de areia…na minha praia dolorosamente, certeza
Que terminaram desfeitos pelos ventos...misturando-se na água deste mar,
Nas espumadas ondas que morreram nas rochas…da minha tristeza
Que me envolvem e dão esperança…que a partida seja um dia regressar

Estou mudo de palavras e pensamentos…cego de amores calados
Sentindo no peito o desconforto…de um grito por soltar,
Arrastando o corpo vazio…quieto de gestos impensados
Choro seco e salgado…numa viagem só de ir, e não voltar

Sinto que me vou a cada passo…pelas estradas do passado
Caminho por caminhos perdidos…sem encontrar em mim a vontade,
De um regresso ao sonho…de caminhar no sonho desejado
Porque tu és o meu sol…só em ti e na tua presença encontro a liberdade


Jorge Caraça




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