segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Meu peito abriga uma alma inquieta
Desejo intenso no incisivo olhar...
Absurda, passional, porta sempre aberta
À luz intensa do meu céu particular.
Faço, decido aonde meu limite aguente

Não me atam algemas, nem grilhões...
Vou até à medida que o coração entende
Ponto de partida de minhas emoções.
Dou-me o direito aos sonhos e devaneios
E sem medo lanço-me neste futuro incerto
Permito-me envolver por doces enleios...
Fingindo não ver se o fim está perto.
Se quero os momentos que abrem os trincos
Acordam os sentidos, deixam por um triz...
Ainda que sangrem por entre meus vincos
Pago o preço, por este único instante feliz...



Rui Moreira




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