À GUITARRA
Guitarra, triste guitarra,
Deusa do amor e martírio,
Quando o teu vibrar me amarra
Minha alma entra em delírio.
Muitas vidas iluminas,
Teu abraço as faz sonhar.
Foste rota e leste sinas
a caminhantes no mar.
És o ar que me dá vida,
Quando me sentes vencido,
Pressentes o meu pulsar.
És como a amante perdida
Que me sussurra ao ouvido
Os beijos que me quer dar.
Companheira do meu fado,
É distinto o teu passado
E o teu choro é meu cantar.
Tu que o peito me embaraças
E a minh’ alma entrelaças
Quando te oiço chorar.
Vadia por natureza,
nas tascas e nas vielas.
A Lisboa dás beleza,
De alfacinha, em aguarela.
Vais buscar dons que precisas
ao Tejo, a qualquer canoa.
com um vadio te amantizas
Num dos becos de Lisboa.
M. Manços
Minha alma entra em delírio.
Muitas vidas iluminas,
Teu abraço as faz sonhar.
Foste rota e leste sinas
a caminhantes no mar.
És o ar que me dá vida,
Quando me sentes vencido,
Pressentes o meu pulsar.
És como a amante perdida
Que me sussurra ao ouvido
Os beijos que me quer dar.
Companheira do meu fado,
É distinto o teu passado
E o teu choro é meu cantar.
Tu que o peito me embaraças
E a minh’ alma entrelaças
Quando te oiço chorar.
Vadia por natureza,
nas tascas e nas vielas.
A Lisboa dás beleza,
De alfacinha, em aguarela.
Vais buscar dons que precisas
ao Tejo, a qualquer canoa.
com um vadio te amantizas
Num dos becos de Lisboa.
M. Manços
Nenhum comentário:
Postar um comentário