quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Poética
Antigos Mitos de adoração ao Sol


O Sol, com medo de perder a hora,
pediu à Nuv
em para ser despertado...
Bom dia! [ Ouvindo - em dia lindo -
que ali agora se atrovoa ]

- disse raiando o Sol à nuvem escura,
que brilhou - sorrindo - e se fez água!
[ Sol brilha um sorriso e nuvem sorri garoa ]

Beijos! Entre nós a luz fulgura, dispersa e
se faz água, como beijando o solo, se escoa
Pois um beijo pode - sim! - ter o condão de
ir além da forma, do físico e mesmo do coração,

desprender-se - disperso de todo - de espaço
Pode ir à razão ou nesse caminho, perder-se
Mas se a vontade é firme, o verso mesmo é o laço:

ri-se o Sol, como botões de flores se escondem
na fantasia de abrir-se, transpor forma, ultrapassar
gesto, atravessar tempos e solidões ou, lesto,
encontros e desencontros nos horizontes do tempo...

apenas para assentar-se direto na alma, viajeira
Assim também desperta o Sol, enquanto deserta
o outro lado do mundo sorrindo cores ao pensamento

Esse o carisma, o imã que atrai a brisa à fonte
em estalar suas formas de luz; ou em espasmo
de cores. Maneira e faceira como uma mulher
não por ferir, mas por Amar, finge orgasmo.

Geraldo Facó Vidigal 

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