Soneto Tumultuado
Quem dera não sentir tanta ternura
E os lábios manter quietos, sem dizer-te
O quanto sem querer tu cometeste
Quem dera não sentir tanta ternura
E os lábios manter quietos, sem dizer-te
O quanto sem querer tu cometeste
A relembrar pra mim tanta ventura...
Pois foste no meu céu toda a loucura
Num manto de esplendor que a terra veste,
Espalhas com tuas mãos toda uma peste
Que o coração servil logo tortura!
E o náufrago à procura de um abrigo
Nas tábuas de seu mundo que perece
Já tenta se afastar deste perigo
No balançar de vozes de uma prece:
Que o amor não seja mais do que um castigo,
E mais insensatez à terra desce!
Francisco Settineri.
Pois foste no meu céu toda a loucura
Num manto de esplendor que a terra veste,
Espalhas com tuas mãos toda uma peste
Que o coração servil logo tortura!
E o náufrago à procura de um abrigo
Nas tábuas de seu mundo que perece
Já tenta se afastar deste perigo
No balançar de vozes de uma prece:
Que o amor não seja mais do que um castigo,
E mais insensatez à terra desce!
Francisco Settineri.

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