domingo, 26 de agosto de 2012

O que será, porque será?

De olhos fechados eu me pergunto
O que será? Porque será?
Por ser sublime ou melindroso assunto

Á pergunta a resposta pode ser boa ou má


De coração tão apertadinho
Olhos pequeninos, cara sorridente ou triste
Que nos olhos fazem por vezes correr um riozinho
Porque será? Certamente já o sentiste

Tal nostalgia, aquele encanto
Aquela chama, aquela dor
Sendo repartido é no entanto
Coisa sublime, imensa, a maior

Quando se ama e se é amado
Partilhada chama, esse calor
Que no peito arde imaculado
É chama de prazer, é amor

Ao tão doce os corpos se entregam
No carinho, no pecado, ao prazer
São sublimes sentimentos que navegam
Cravados na memória, difíceis de esquecer

E quando nos olhos escorrega
Teimosa lagrima de tristeza ou alegria
Logo o coração segrega
A esses momentos se entrega
Fazendo belo ou triste o dia

É magia é dor ou tormento
É sintonia, são coisas do amar
Pode ser alegria ou sofrimento
Coisas que nos deixam a pensar

Porque será que quando as lagrimas escorrem?
Não apagam tal fogo, essa tristeza, esse tormento
Tais sentimentos de dor assim não morrem
Constantemente badalando no pensamento

Será crime ou pecado, amar?
Será egoísmo exigir tal prazer?
Por amor o coração o quer partilhar
E por falta dele, fica a sofrer

Mas quando sentimento partilhado
Nas nuvens, no infinito navegar
É tão sublime, tão belo, imaculado
Assim amado, é todo nosso, esse mar

É nesse oceano que me perco a olhar
Como barquinho que navega na ilusão
Vem comigo navegar nesse lindo mar
E o mar é meu pobre coração.




João Antunes.




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