
Sou tudo!
Sou nada!
Amor, Paixão e magia…
Dor, choro e feitiço…
Me dou, me entrego…
Espero…
Fujo, corro e me escondo
Eu quero e tento…luto e caio
Fico no chão e quebro
Levanto-me… e não desisto…
Só…mas não desisto
E novamente…
Sou tudo!
Sou nada!
Ama mar
Sou nada!
Amor, Paixão e magia…
Dor, choro e feitiço…
Me dou, me entrego…
Espero…
Fujo, corro e me escondo
Eu quero e tento…luto e caio
Fico no chão e quebro
Levanto-me… e não desisto…
Só…mas não desisto
E novamente…
Sou tudo!
Sou nada!
Ama mar
o
HOJE ESTOU
ASSIM
deixa-me estar comigo,
deixa-me olhar-me,
hoje estou assim …!
Quero entrar em mim,
quero sentir a solidão,
quero ficar quieta,
quero enroscar-me,
e perder-me no meu labirinto!
Schhhh….
deixa-me ficar entregue ao silêncio!
Hoje estou assim,
a noite já caiu…
Hoje estou assim,
o amanhã logo virá…,
e ele dir-me-á
se me perco em mim
ou
se me perco no mundo!
Tina Tinoco
deixa-me estar comigo,
deixa-me olhar-me,
hoje estou assim …!
Quero entrar em mim,
quero sentir a solidão,
quero ficar quieta,
quero enroscar-me,
e perder-me no meu labirinto!
Schhhh….
deixa-me ficar entregue ao silêncio!
Hoje estou assim,
a noite já caiu…
Hoje estou assim,
o amanhã logo virá…,
e ele dir-me-á
se me perco em mim
ou
se me perco no mundo!
Tina Tinoco
Fragmentos...
Grãos de areia
Juntam-se
Originando a praia.
No marulho das ondas
Juntando-se águas
Espumas branquinhas
Encanto ao luar.
O mar de tantos mistérios
Crendices e deuses
Beleza indizível
Seduz, encanta e fascina.
O Poeta atento observa
Com os olhos da alma
Retrata nas linhas incertas
Do poema as cores
Os movimentos do vento
Que muda o cenário
A cada momento.
Grãos de areia
Juntam-se
Originando a praia.
No marulho das ondas
Juntando-se águas
Espumas branquinhas
Encanto ao luar.
O mar de tantos mistérios
Crendices e deuses
Beleza indizível
Seduz, encanta e fascina.
O Poeta atento observa
Com os olhos da alma
Retrata nas linhas incertas
Do poema as cores
Os movimentos do vento
Que muda o cenário
A cada momento.
Betina Marcondes
QUIMERA
Nada mais a dizer aqui,
se tudo já foi dito por ti.
Abandono este espaço,
estas soturnas paredes
de pedras salientes,
estas lapas com musgo
que pacientemente
agrupaste
em lugar de ordem.
Abandono este espaço,
estas soturnas paredes,
esta estranha armadura
que tu ainda não há muito
largaste
na idade da razão.
Porque escolheste tu
o tempo de recomeçar?
Porque preparaste tu
as palavras que gritas?
Porque não te deitaste
sobre as muralhas?
Vida vazia,
sem mais nada…
nas palavras que gritaste.
Vida, estarás aqui
neste lugar?
Ou estarás tão longe
aquém de mim deixaste.
Não hei-de outra razão...
Os teus olhos fecham-se,
adormecem…
o leito de afagos surge,
aos teus acalentos urge.
Gritaste consonante demência,
essa loucura que te seduziu.
Reabitaste casas abandonadas,
que ocupaste
sem bater à porta.
Simplesmente
escreveste vontades,
e com essa chave
abriste janelas.
Cantaste
Sangraste
Apagaste!
A sombra,
da última palavra,
da pedra
onde esculpiste
o teu nome,
deste aos sonhos
junto ao valor
daquilo que não conheces.
Abriste as mãos aos pássaros,
voaste para lá do silêncio,
encontraste o sentido do som.
Para além de observares
e sentires,
nada disseste.
Nem uma palavra?
Só ditaste o silencioso
bater de asas
do bando de pássaros
com quem voaste alto no céu.
Por onde andas?
O que fazes?
Para onde olhas?
O que procuras?
Nada mais a dizer aqui,
se tudo já foi dito por ti.
Abandono este espaço,
estas soturnas paredes
de pedras salientes,
estas lapas com musgo
que pacientemente
agrupaste
em lugar de ordem.
Abandono este espaço,
estas soturnas paredes,
esta estranha armadura
que tu ainda não há muito
largaste
na idade da razão.
Porque escolheste tu
o tempo de recomeçar?
Porque preparaste tu
as palavras que gritas?
Porque não te deitaste
sobre as muralhas?
Vida vazia,
sem mais nada…
nas palavras que gritaste.
Vida, estarás aqui
neste lugar?
Ou estarás tão longe
aquém de mim deixaste.
Não hei-de outra razão...
Os teus olhos fecham-se,
adormecem…
o leito de afagos surge,
aos teus acalentos urge.
Gritaste consonante demência,
essa loucura que te seduziu.
Reabitaste casas abandonadas,
que ocupaste
sem bater à porta.
Simplesmente
escreveste vontades,
e com essa chave
abriste janelas.
Cantaste
Sangraste
Apagaste!
A sombra,
da última palavra,
da pedra
onde esculpiste
o teu nome,
deste aos sonhos
junto ao valor
daquilo que não conheces.
Abriste as mãos aos pássaros,
voaste para lá do silêncio,
encontraste o sentido do som.
Para além de observares
e sentires,
nada disseste.
Nem uma palavra?
Só ditaste o silencioso
bater de asas
do bando de pássaros
com quem voaste alto no céu.
Por onde andas?
O que fazes?
Para onde olhas?
O que procuras?
Edite Pinheiro
O meu povo
O meu povo,
Aninhado na vergonha
E na dor
Que, como a fome, prolifera,
Já não come,
Já não dorme,
Já não sonha,
Jaz prostrado à sombra
Doutra era.
E ao leme do meu país,
O comandante navega
Por entre um mar de gente,
Corta ondas de sangue,
Avança veloz,
Hasteia impaciente
A sua sorte,
Alardeia aos sete mares
A nossa morte.
No regresso da viagem,
Vem mais leve,
Traz a bordo a sombra
Da nação.
O povo, esfaimado,
Nada pede,
É submisso
À voz do capitão.
E se houvesse
No meu país uma outra voz,
Mais terrena,
Mais maciça,
Mais real,
Que plantasse em cada olhar
Uma vitória,
Que erguesse em cada punho
Portugal,
Que escrevesse em cada alma
Outra história.
Maria da Fonte
O meu povo,
Aninhado na vergonha
E na dor
Que, como a fome, prolifera,
Já não come,
Já não dorme,
Já não sonha,
Jaz prostrado à sombra
Doutra era.
E ao leme do meu país,
O comandante navega
Por entre um mar de gente,
Corta ondas de sangue,
Avança veloz,
Hasteia impaciente
A sua sorte,
Alardeia aos sete mares
A nossa morte.
No regresso da viagem,
Vem mais leve,
Traz a bordo a sombra
Da nação.
O povo, esfaimado,
Nada pede,
É submisso
À voz do capitão.
E se houvesse
No meu país uma outra voz,
Mais terrena,
Mais maciça,
Mais real,
Que plantasse em cada olhar
Uma vitória,
Que erguesse em cada punho
Portugal,
Que escrevesse em cada alma
Outra história.
Maria da Fonte
“NÃO ME
DEIXES AFOGAR”
Quando te vejo na rua,
Entre a multidão que passa,
Não sei que graça é a tua,
Que eu só vejo a tua graça!
E é esta verdade nua
Que me encanta e me desgraça:
Andas a fazer de pua
Que o peito me despedaça!
Os teus lindos olhos verdes
(Os olhos com que me perdes!)
São profundos como o mar…
Dá-me a tua mão mimosa,
Minha estrela, minha rosa,
Não me deixes afogar!
Alfredo Costa Pereira
Quando te vejo na rua,
Entre a multidão que passa,
Não sei que graça é a tua,
Que eu só vejo a tua graça!
E é esta verdade nua
Que me encanta e me desgraça:
Andas a fazer de pua
Que o peito me despedaça!
Os teus lindos olhos verdes
(Os olhos com que me perdes!)
São profundos como o mar…
Dá-me a tua mão mimosa,
Minha estrela, minha rosa,
Não me deixes afogar!
Alfredo Costa Pereira
Pertenço
Ao sonho à fantasia...
Aos pilares que me consomem
…Na poesia…
Pertenço… à vida escrita…
À palavra dita pelo som
Dos meus dedos…
Onde prenha de segredos...
Abortam…Todos os meus medos,
Pertenço a ninguém…
Onde, ninguém pertencer…
Nesta forma, inócua… Indolor…Sensata...
De transpor a palavra grata,
Numa fonte a beber…
Entre ruas inundadas de flores
Os meus olhos, alcançam as dores…
De quem não as quer ter…
Explodem-me rios de páginas em branco…
Onde as frases são o flanco do acontecer…
Sóis… Brilham-me na noite escura…
Onde a própria verdade é doçura,
…Pronta a lamber…
Por entre sonhos e fantasias …
Gritam-me…Estrelas de dia…
Dançam-me…Marés vestidas de gente…
Que se consomem somente
Pelo espumar do prazer!
Mel Almeida
Ao sonho à fantasia...
Aos pilares que me consomem
…Na poesia…
Pertenço… à vida escrita…
À palavra dita pelo som
Dos meus dedos…
Onde prenha de segredos...
Abortam…Todos os meus medos,
Pertenço a ninguém…
Onde, ninguém pertencer…
Nesta forma, inócua… Indolor…Sensata...
De transpor a palavra grata,
Numa fonte a beber…
Entre ruas inundadas de flores
Os meus olhos, alcançam as dores…
De quem não as quer ter…
Explodem-me rios de páginas em branco…
Onde as frases são o flanco do acontecer…
Sóis… Brilham-me na noite escura…
Onde a própria verdade é doçura,
…Pronta a lamber…
Por entre sonhos e fantasias …
Gritam-me…Estrelas de dia…
Dançam-me…Marés vestidas de gente…
Que se consomem somente
Pelo espumar do prazer!
Mel Almeida
É na
noite...que me abraço..
É na noite...que me abraço...que de solidão me inundo
Que sinto o meu corpo em sangue e pulsa em mim a dor
É na noite...que grita em mim este eterno silêncio mudo
Que poisa em mim a nostalgia...que te chamo meu amor
É na noite que não me tenho...é na noite que te invento
Que te sonho... que a ilusão se veste de desencanto
É na noite...que te sinto...que te grito o meu lamento
Que te escrevo e te lembro...que o amor se faz pranto
É na noite...que não te tenho...é na noite que te espero
Que procuro o teu olhar... perdido no silêncio do vento
É na noite...que me perco de mim...e o meu corpo velo
Que me inundam de solidão...os espinhos do meu leito
É na noite...que no meu rosto...se desenha a tristeza
O meu corpo entra em devaneio...e navega sem destino
É na noite...que é um mar de ilusão...te chama e deseja
Que os meus braços vazios...procuram o teu carinho
É na noite...que não sei quem sou...que um rio me inunda
Os fantasmas que me seguem...na minha cama se deitam
É na noite...que no meu sonho...me envolvo na penumbra
Que renasce a solidão...os meus lábios de vazio se enfeitam
É na noite...que a poesia em mim navega...me desnuda
Que me escrevo...e as palavras se arrastam mudas no chão
É na noite...que das minhas mãos...se solta uma prece muda
Que o silêncio é maior...e o meu corpo se veste de solidão
ROSAMARIA
É na noite...que me abraço...que de solidão me inundo
Que sinto o meu corpo em sangue e pulsa em mim a dor
É na noite...que grita em mim este eterno silêncio mudo
Que poisa em mim a nostalgia...que te chamo meu amor
É na noite que não me tenho...é na noite que te invento
Que te sonho... que a ilusão se veste de desencanto
É na noite...que te sinto...que te grito o meu lamento
Que te escrevo e te lembro...que o amor se faz pranto
É na noite...que não te tenho...é na noite que te espero
Que procuro o teu olhar... perdido no silêncio do vento
É na noite...que me perco de mim...e o meu corpo velo
Que me inundam de solidão...os espinhos do meu leito
É na noite...que no meu rosto...se desenha a tristeza
O meu corpo entra em devaneio...e navega sem destino
É na noite...que é um mar de ilusão...te chama e deseja
Que os meus braços vazios...procuram o teu carinho
É na noite...que não sei quem sou...que um rio me inunda
Os fantasmas que me seguem...na minha cama se deitam
É na noite...que no meu sonho...me envolvo na penumbra
Que renasce a solidão...os meus lábios de vazio se enfeitam
É na noite...que a poesia em mim navega...me desnuda
Que me escrevo...e as palavras se arrastam mudas no chão
É na noite...que das minhas mãos...se solta uma prece muda
Que o silêncio é maior...e o meu corpo se veste de solidão
ROSAMARIA







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