A CEGONHA
Estava emoldurada
Na minha vida
Na parede amorada
Uma cegonha
Que bela, de asas brancas
Tão branquinhas
Olhei para ela e perguntei
De onde vens?
Com essas asas resplandecentes
Pareces uma Deusa
Olhando para mim
Piou e depois voou
Fui atrás dela
E de mansinho
Vejo-a a poisar no alto
De uma árvore
No seu ninho
Onde estava o seu filhinho
Que linda cegonha
Que bela mãe
Que ternura, para o seu rebento
Esbelta com as suas asas
A proteger a sua cria
A sua fortuna e o seu ninho
Estava emoldurada
Na minha vida
Na parede amorada
Uma cegonha
Que bela, de asas brancas
Tão branquinhas
Olhei para ela e perguntei
De onde vens?
Com essas asas resplandecentes
Pareces uma Deusa
Olhando para mim
Piou e depois voou
Fui atrás dela
E de mansinho
Vejo-a a poisar no alto
De uma árvore
No seu ninho
Onde estava o seu filhinho
Que linda cegonha
Que bela mãe
Que ternura, para o seu rebento
Esbelta com as suas asas
A proteger a sua cria
A sua fortuna e o seu ninho
Gina Alves Alves
A
MORTE DO POETA
A morte do poeta; o sonhador,
Em meio à dura e fria realidade,
Do etéreo, este banal navegador,
Que ao fim não deixará sequer saudade...
Cultiva no seu peito, o riso e a dor,
Buscando esta ilusão; eternidade.
“Poeta, com certeza um fingidor”
Transformando utopias em verdade.
Amante das espúrias ilusões,
Um vagabundo e tolo coração,
Um náufrago sedento de emoção,
Entregue muitas vezes aos leões,
Um cínico palhaço, um menestrel,
Que mesmo em pleno inferno encontra o Céu...
Marcos Loures
A morte do poeta; o sonhador,
Em meio à dura e fria realidade,
Do etéreo, este banal navegador,
Que ao fim não deixará sequer saudade...
Cultiva no seu peito, o riso e a dor,
Buscando esta ilusão; eternidade.
“Poeta, com certeza um fingidor”
Transformando utopias em verdade.
Amante das espúrias ilusões,
Um vagabundo e tolo coração,
Um náufrago sedento de emoção,
Entregue muitas vezes aos leões,
Um cínico palhaço, um menestrel,
Que mesmo em pleno inferno encontra o Céu...
Marcos Loures
Três dias e noites
Deuses fizeram chover pedras
- quentes, leves, porosas –
Após por-se o sol em rosa,
à enorme luz a leste
seguiu-se o som de explosão horrenda,
terrível, desconhecida.
E negras nuvens, e chuva e pedra.
Era a luta pela vida. Pedras e água,
para não sucumbir
- peixes, em oferenda -
Três dias e noites em que os quatro
Homens lançaram do barco
água, pesca e pedras.
Dedicação, compenetração, teimosia
Inabalável, resoluta
- frenético, indemovível -
Essencial a submissão:
absoluta.
Chame-se como quiser o determinado,
compulsivo, galgar de infindáveis
degraus de ondas.
Herdou de seus ancestrais a orientação
- dava-se pelo oriente -
Orientado assim norteava-se ainda.
Mas sem sentidos, sem norte, pois já sem destino.
O tempo de tambor marcava as batidas
das pás dos remos.
O sal causticando a pele
como que petrificava mais e mais suas faces.
O cálido bloquear do cérebro no forçar dos remos.
Reforçando forças que nem sabia ter.
Chorava apenas com os cabelos,
que vez por outra, rápido, jogava de lado,
traindo involuntários pesares ao pingar na testa
ao bater n'água de remar autista,
forçando piscar de pálpebras.
- Cada descer trazia conseqüente subir.
escorregando os remos,
escorrendo paro mar;
- ritmar teluricamente acompanhando -
até o pintar das ondas,
em suaves círculos de artista.
Por cada degrau deslizado
- desatino de seu teimoso instinto – ressoava
Como o tam - tam - tam que marcava
suas têmporas do mesmo sangue
que lhe escorria pelos dedos
Nômade marítimo convertido, seguia....
a força do ar volátil significava,
à vista do sol, alteração no sentido fútil,
altura e força de ondas a galgar e deslizar.
Mas não em seu marasmo,
- castelos ondulantes alçando à proa embora –
já nem os vê, lamenta, canta, grita:
sorri.
No madeirame do convés o seu guia.
Pois a um tempo etéreo e sólido. Ali
devoto mas inútil capitão de pobre nau,
- assombrado a perder-se entre brumas e escumas –
a cada degrau deslizado, a direção solar do barco raso
dava por marco... seguir
no sentido do anterior do moto das marés
- a força de remos –
o sombreado aquático do velame
roto.
E ainda os pés do último filho, ali,
por um instante enfrentavam,
estáticos, o ritmo que impunha.
Ainda assim afinal seguia
aéreo, balouçante, solto,
- hesitante por um átimo –
o sentido para o qual pendia o barco.
Onde seu povo, sua ilha...
Nas profundezas repousavam com deuses d’água e fogo
pai e mãe, e mulher e filha.
Sem direção, sem sentido, só ao oriente rumava.
Só
remava.
Geraldo Facó Vidigal
Inconstante
A natureza humana é inconstante
baliza-se em formas variáveis,
ninguém é sempre o doce mel
tampouco o amargo teor do fel.
A vida promulga marcas diárias
nos coloca em defesa partidária,
partidárias por vezes ao egoísmo
vendamos os olhos, somos indignos.
Nosso sofrer sempre prevalece
mas na boca do outro amortece,
temos baixos e altos temperamentos
precisamos dominar este estreitamento.
Ao primeiro obstáculo caímos
diante de restrições e cinismos,
sejamos sensatos ao próprio pensar
do contrário nunca venceremos.
A natureza humana é inconstante
baliza-se em formas variáveis,
ninguém é sempre o doce mel
tampouco o amargo teor do fel.
A vida promulga marcas diárias
nos coloca em defesa partidária,
partidárias por vezes ao egoísmo
vendamos os olhos, somos indignos.
Nosso sofrer sempre prevalece
mas na boca do outro amortece,
temos baixos e altos temperamentos
precisamos dominar este estreitamento.
Ao primeiro obstáculo caímos
diante de restrições e cinismos,
sejamos sensatos ao próprio pensar
do contrário nunca venceremos.
Rosiane Ceolin
TU
ÉS LINDA
Tu és linda
e jamais permitas
que te digam o contrário
És linda por dentro e por fora
quando calas o que sentes
e afagas quem não merece
És linda quando fazes do teu regaço colo
e és tu quem dele precisa
És linda quando pedes aos olhos
que silenciem a tua dor
e ao teu coração que páre de bater
és linda quando dás amor e
recebes bofetadas
És ainda mais linda quando te aprumas
e te sentes feminina
Aí desabrochas como uma flor
tocada por um fino raio de sol
e é ver-te desfilar sensualidade
nesse teu corpo franzino e mal tratado
Mas onde eu te acho mais linda ainda
é quando afagas os cabelos dos teus filhos
e os penteias com as tuas lágrimas
e os serenas com os teus dedos meigos
saudosos também eles de um toque
de quem os queira
e afogas os teus sonhos
no brilho dos seus olhinhos pequenos
como se o mar te engolisse
numa vaga apenas
És linda quando te perdes
para ires de encontro aos demais
és linda quando os teus olhos marcados
ainda brilham de felicidade
a um gesto delicado de quem sempre
te ignorou
Foste linda ontem
és linda hoje
e serás amanhã ainda linda
e depois..e depois...
És linda e ponto final...
E nunca permitas que alguém
te diga o contrário
São Reis
Tu és linda
e jamais permitas
que te digam o contrário
És linda por dentro e por fora
quando calas o que sentes
e afagas quem não merece
És linda quando fazes do teu regaço colo
e és tu quem dele precisa
És linda quando pedes aos olhos
que silenciem a tua dor
e ao teu coração que páre de bater
és linda quando dás amor e
recebes bofetadas
És ainda mais linda quando te aprumas
e te sentes feminina
Aí desabrochas como uma flor
tocada por um fino raio de sol
e é ver-te desfilar sensualidade
nesse teu corpo franzino e mal tratado
Mas onde eu te acho mais linda ainda
é quando afagas os cabelos dos teus filhos
e os penteias com as tuas lágrimas
e os serenas com os teus dedos meigos
saudosos também eles de um toque
de quem os queira
e afogas os teus sonhos
no brilho dos seus olhinhos pequenos
como se o mar te engolisse
numa vaga apenas
És linda quando te perdes
para ires de encontro aos demais
és linda quando os teus olhos marcados
ainda brilham de felicidade
a um gesto delicado de quem sempre
te ignorou
Foste linda ontem
és linda hoje
e serás amanhã ainda linda
e depois..e depois...
És linda e ponto final...
E nunca permitas que alguém
te diga o contrário
São Reis
AMO-TE !
Amo-Te
Não apenas pelo que és para mim
Mas por tudo o que descubri que sou
Através do teu olhar onde me vi !
Amo-Te
Não pelas flores que me ofereces
Mas pelos jardins que me ensinaste a plantar !
Amo-Te
Não pela água com que mataste a minha sede,
Mas porque me levaste à nascente
Onde posso agora saciar-me !
Amo-Te
Não só por cantares ao meu ouvido
Canção sublime de amor,
Mas pelas palavras que dás, para melodias compôr !
Amo-Te
Não pelas côres que pintaste no meu altar,
Mas pelos pincéis, em presente
Pra minha arte expressar !
Amo-Te
Não apenas, porque me que me queres e desejas
Mas pela ansia irreprimível que semeaste na pele !
Amo-Te
Não pelo Amor Único, que me segredas
Mas por aquele com que me envolves sem reservas !
Amo-Te
Pelo nascer do sol na minha vida,
E a promessa de suave entardecer !
Pelo sonho que tornaste possivel,
A esperança que fizeste renascer !
Amo-Te, Amor da minha Vida !
Ana Namy Echevarria
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