Sonhando …
Dançávamos
descalços,
fantasiados de
Amor,
a Valsa do
Imperador
Salão de baile mascarado de
Lindo,
merecedor de máscaras de toda a forma e cor.
Belas, sedutoras,
embelezavam o salão
que de tanta sedução …
… entonteciam o amor !
A música irrompeu
inundou o salão, e o meu coração.
Pela escadaria a mascarada desceu.
Nos lustres,
o cristal brilhou em apogeu !
Começou o rodopio.
Procurei-te
abracei-te.
Volta p’ra cá, volta p’ra lá,
empurrão daqui e dacolá,
confetes, serpentinas,
dançávamos, pulávamos,
‘palrávamos ‘;
animação não faltava
contra ti me apertavas … até me sufocar
e eu gostava,
deste nosso sentir
deste nosso dançar.
Mas um desejo incomum
me começou a assolar
querendo os meus pés colocar
por cima dos teus,
para que pudesse (sem me desequilibrar),
aos teus lábios chegar
para os morder e beijar.
Dançámos … dançámos,
e não me reconheceste.
Estava bem disfarçada,
e a isso ajudava,
o ‘champagne’ que bebeste.
Queria também contigo dançar
de forma diferente,
fora do normal do nosso habitual,
e pés sobre pés … no carnaval, ninguém leva a mal
Ai … como os meus dedos dos pés
queriam os teus para beijar
e os das mãos não invejar,
que ao som das valsas de Strauss
de tão apertadinhos estarem,
até pareciam dos teus … seus irmãos.
O pêndulo do relógio soou
O baile acabou
As máscaras caíram
O sonho voou.
Acordei
Em sono tranquilo e consolado
estavas a dormir a meu lado.
Sorri-me
Beijei-te,
Acordaste
Tudo no nosso corpo se uniu
O amor despertou …
… e Agiu !
Magá Figueiredo
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