quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sonhando

Sonhando …

Dançávamos descalços, 
fantasiados de Amor, 
a Valsa do Imperador 

Salão de baile mascarado de Lindo, 
merecedor de máscaras de toda a forma e cor.
Belas, sedutoras, 
embelezavam o salão 
que de tanta sedução …
… entonteciam o amor !

A música irrompeu
inundou o salão, e o meu coração.
Pela escadaria a mascarada desceu.
Nos lustres,
o cristal brilhou em apogeu !

Começou o rodopio.
Procurei-te 
abracei-te.
Volta p’ra cá, volta p’ra lá,
empurrão daqui e dacolá,
confetes, serpentinas, 
dançávamos, pulávamos,
‘palrávamos ‘;
animação não faltava
contra ti me apertavas … até me sufocar
e eu gostava, 
deste nosso sentir
deste nosso dançar. 

Mas um desejo incomum
me começou a assolar
querendo os meus pés colocar 
por cima dos teus,
para que pudesse (sem me desequilibrar), 
aos teus lábios chegar 
para os morder e beijar.

Dançámos … dançámos, 
e não me reconheceste.
Estava bem disfarçada,
e a isso ajudava,
o ‘champagne’ que bebeste.

Queria também contigo dançar 
de forma diferente, 
fora do normal do nosso habitual,
e pés sobre pés … no carnaval, ninguém leva a mal
Ai … como os meus dedos dos pés 
queriam os teus para beijar
e os das mãos não invejar,
que ao som das valsas de Strauss 
de tão apertadinhos estarem, 
até pareciam dos teus … seus irmãos.

O pêndulo do relógio soou
O baile acabou 
As máscaras caíram 
O sonho voou.

Acordei 

Em sono tranquilo e consolado
estavas a dormir a meu lado.
Sorri-me 
Beijei-te,
Acordaste

Tudo no nosso corpo se uniu
O amor despertou …
… e Agiu ! 

Magá Figueiredo



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