Hoje sinto-me tão frágil
Como uma gota pura de orvalho em pétala de rosa
Que treme ao mais pequeno toque da brisa suave
Nesta bendita tarde silenciosa …
Prometeste que virias dedilhar o meu corpo
Tornando-o fértil com o teu néctar,
Preparando-o para que as borboletas
Pudessem fabricar os seus casulos em segurança…
Mas há em mim um medo inexplicável
Que tenhas ido e já não voltes.
O meu coração diz-me que está feliz
Mas os meus pensamentos dizem-lhe que não se iluda,
E amanhã eu quero ser Luar de Agosto
Mas tenho tanto medo das chuvas de Abril ...
E neste percurso solitário
Vou perguntando por ti que nem louca
Às pedras soltas do caminho...
Começo a sentir o perfume das alfazemas
E escuto a valsa lenta que compus para nós...
Não quero olhar para trás …
Quero entrar contigo no perfume da tarde...
Nenhum comentário:
Postar um comentário