Eu acreditava
Eu acreditava
Se me dissessem que o sol se perdia atrás dos montes
Que a água que mata a sede secava em todas as fontes
Que os rios, mesmo os maiores, deixariam de correr
Que a lua se apagava e não voltava a aparecer
Eu acreditava
Se me dissessem que o mar na sua imensidão secava
Que as ondas ficavam paradas no areal
Que o vento perderia a força que o faz correr ,
Varrer, levar tudo pela frente, verdadeiro vendaval
Que dias seriam noites e estas trocadas pelas manhãs
Que as searas não secariam nos campos de terra árida
E os frutos seriam cerejas vermelhas, nozes e avelãs
As crianças pilotavam aviões e conduziam canhões
Que a fome acabaria ninguém mais morreria
Que a guerra terminaria com um aperto de mão
Haveria uma só lingua, raça, credo e nação
Que a chuva só caia quando fosse desejada
E a neve só descia pelas montanhas e vales
As flores abriam pela manhã e soltavam gargalhadas
As estrelas apagadas perdiam-se na escuridão
Não haveria mais lágrimas nos olhos de uma mulher
Que o amor existiria em tudo e em todos os cantos
Que eu morreria por querer, já cansada de viver
Mas que o teu coração,
por mim deixasse de bater
nem na hora de morrer
no teu peito a minha mão
Acredita meu amor
que eu não duvidaria
um déçimo de um segundo
que o teu amor por mim
era maior do que o mundo!
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