Revolução
Auber Fioravante Júnior
Na imensidão,
Projeto-me, assumo
Meu lado revolucionário,
Hasteando pelo caminho
Lenços e bandeiras,
Com as cores da luz,
Galgo palavras
Afagando o reverso,
Abrindo masmorras,
Renascendo para velhos portais,
Vivendo para novos horizontes!
Da natureza
Seduzo-me, entrego-me
De corpo e alma,
De homem, de poeta,
Costurando por céus e mares,
Lamentos e brincadeiras
Dignos de uma flor
Que luta pelo amor,
Em suas claves
Em suas formas,
Em suas revolucionárias batalhas
Entre as palavras,
E o silêncio do condão!
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segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Rui Moreira Henriques Serrano
RENDO-ME
Rendo-me à evidência, a ti, ao desespero,
Rendo-me a tudo quanto vem ter comigo,
Ao perder, ao ganhar, aos teus encantos,
Fico rendido em lágrimas e meus prantos.
Rendo-me a tudo e a nada, estou inquieto,
Pressinto que tu me vais deixar a sofrer,
Teu segredo passou a ser meu degredo,
Por me render a ti, sem me dares afecto.
Estou confuso, desapareceste, desespero,
Nào sei o que me espera, futuro incerto,
Não me deixes, rendo-me a ti de joelhos,
Tenho saudades de teus ardentes beijos.
Sei que já não voltas, passaste a ignorar
Tudo aquilo que te dei d’amor e carinho.
Mesmo que me renda, não vais aceitar
Continuares comigo neste nosso ninho.
Rendo-me à evidência, a ti, ao desespero,
Rendo-me a tudo quanto vem ter comigo,
Ao perder, ao ganhar, aos teus encantos,
Fico rendido em lágrimas e meus prantos.
Rendo-me a tudo e a nada, estou inquieto,
Pressinto que tu me vais deixar a sofrer,
Teu segredo passou a ser meu degredo,
Por me render a ti, sem me dares afecto.
Estou confuso, desapareceste, desespero,
Nào sei o que me espera, futuro incerto,
Não me deixes, rendo-me a ti de joelhos,
Tenho saudades de teus ardentes beijos.
Sei que já não voltas, passaste a ignorar
Tudo aquilo que te dei d’amor e carinho.
Mesmo que me renda, não vais aceitar
Continuares comigo neste nosso ninho.
Ró Mar
“…OS VENTOS DA ESTAÇÃO DE OUTONO…”
As árvores desnudam-se
No florir os campos de ventos ocres, pela estrada
Se desenha uma longa caminhada;
Um estio na alma vendo a sua alegre desfolhada,
Um frio na espinha quando sinto o seu rajar à face.
Um mundo novo para trilhar,
Os caminhos palpáveis da nova estação,
Que se avizinham; um enlace
Nos passos do presente a inventar
O carreiro da vida em direcção
Ao mundo desconhecido.
Tudo é uma novidade, pouco se sabe, mas, sabe-se
Que é, um longo, ou, curto caminho,
Uma acentuada passagem. Qual será o seu desfecho!?
Tenho fé e esperança no devir e amo a aventura,
O presente é a tecla da minha ventura
E nos tons leves mesclados d’um passado
Que aflora o momento
Percorro o espaço, no árido
Solo, as pegadas do oculto;
Filhos nascerão no futuro, ou, não!?
Pela estrada da vida desenho um mar
De ondas e contradições,
Sem certezas, mas, com convicções,
São os ventos da estação
Do Outono a espelhar o meu coração.
As árvores desnudam-se
No florir os campos de ventos ocres, pela estrada
Se desenha uma longa caminhada;
Um estio na alma vendo a sua alegre desfolhada,
Um frio na espinha quando sinto o seu rajar à face.
Um mundo novo para trilhar,
Os caminhos palpáveis da nova estação,
Que se avizinham; um enlace
Nos passos do presente a inventar
O carreiro da vida em direcção
Ao mundo desconhecido.
Tudo é uma novidade, pouco se sabe, mas, sabe-se
Que é, um longo, ou, curto caminho,
Uma acentuada passagem. Qual será o seu desfecho!?
Tenho fé e esperança no devir e amo a aventura,
O presente é a tecla da minha ventura
E nos tons leves mesclados d’um passado
Que aflora o momento
Percorro o espaço, no árido
Solo, as pegadas do oculto;
Filhos nascerão no futuro, ou, não!?
Pela estrada da vida desenho um mar
De ondas e contradições,
Sem certezas, mas, com convicções,
São os ventos da estação
Do Outono a espelhar o meu coração.
Manuela Bulcão
Pequenos nadas
Entra na sala uma menina senhora com um sorriso no rosto a toda a hora, decidi ficar quando pensava ir embora.
Vestia saia cinzenta de seda lavrada, blusa de renda preta adamascada. De olhar profundo trazia na cabeça um pequeno chapéu do tamanho do mundo.
Com um andar tranquilo alheia tudo, coloca o chapéu no criado mudo, nesta maravilhosa noite que caiu em desuso, um simples chapéu e a diferença de tudo.
Com real simpatia...espalha sorrisos esbanja alegria, se voltasse atrás rainha serias. perpetuando assim muitas simpatias.
Entra na sala uma menina senhora com um sorriso no rosto a toda a hora, decidi ficar quando pensava ir embora.
Vestia saia cinzenta de seda lavrada, blusa de renda preta adamascada. De olhar profundo trazia na cabeça um pequeno chapéu do tamanho do mundo.
Com um andar tranquilo alheia tudo, coloca o chapéu no criado mudo, nesta maravilhosa noite que caiu em desuso, um simples chapéu e a diferença de tudo.
Com real simpatia...espalha sorrisos esbanja alegria, se voltasse atrás rainha serias. perpetuando assim muitas simpatias.
Maria Fernandes
BUSCO…
Busco o belo, busco o amor
Na essência do ser
Perco-me em labirintos
Complicados, indistintos
Tudo é enigma, sofístico
Improvável e intrínseco
Ao infinito, incontornável
Imprevisto do seu Criador
Deus, figura emblemática
Ser, universo, matéria, espírito
Todo o conjunto dos ser e não ser
É imortal, infinito, todo o poder
Atração cósmica, força imanente
Para o crente, está em tudo presente
Então inimaginável em figura pensável
Creio numa força criadora
Em todo o ser presente
Sinto-a, pressinto-a
É esse o Deus, Alá…
Seja como for é louvável
Porquê as guerras entre as religiões
Se todos louvam Esse Ser
Deem as mãos criaturas da Terra
O bem e o mal reside nos corações
Cada um busca em si próprio
Sua essência e fundamento
Se alguém chegar ao seu conhecimento
Chegará também à essência de Deus
Aí reside o oculto, o impenetrável
Ainda não desdobrável em novo mandamento
Prossigamos então, na busca do insofismável
Do abstrato, do imaterializável, do espírito
Por mim, simples mortal, incapacitado
Louvo Deus, como o Amor Total e Força Motriz
Capaz de mover o Universo e sua raiz
Louvo o Amor Verdadeiro, Incondicional, Inteiro
Como a génese principal do meu ser
Assim imagino Deus,
PERSONIFICAÇÃO DO AMOR DIVINIZADO.
Busco o belo, busco o amor
Na essência do ser
Perco-me em labirintos
Complicados, indistintos
Tudo é enigma, sofístico
Improvável e intrínseco
Ao infinito, incontornável
Imprevisto do seu Criador
Deus, figura emblemática
Ser, universo, matéria, espírito
Todo o conjunto dos ser e não ser
É imortal, infinito, todo o poder
Atração cósmica, força imanente
Para o crente, está em tudo presente
Então inimaginável em figura pensável
Creio numa força criadora
Em todo o ser presente
Sinto-a, pressinto-a
É esse o Deus, Alá…
Seja como for é louvável
Porquê as guerras entre as religiões
Se todos louvam Esse Ser
Deem as mãos criaturas da Terra
O bem e o mal reside nos corações
Cada um busca em si próprio
Sua essência e fundamento
Se alguém chegar ao seu conhecimento
Chegará também à essência de Deus
Aí reside o oculto, o impenetrável
Ainda não desdobrável em novo mandamento
Prossigamos então, na busca do insofismável
Do abstrato, do imaterializável, do espírito
Por mim, simples mortal, incapacitado
Louvo Deus, como o Amor Total e Força Motriz
Capaz de mover o Universo e sua raiz
Louvo o Amor Verdadeiro, Incondicional, Inteiro
Como a génese principal do meu ser
Assim imagino Deus,
PERSONIFICAÇÃO DO AMOR DIVINIZADO.
Mario Sampaio
ILHA ...
Menina formosa
De cabelos dourados
Bela e vaidosa
Muito apressada
Em tua barca que vais a remar
Leva-me para a tua ilha
Para eu te poder amar...!
De beleza natural
Tua ilha é provida
Decorada de várias cores
Deixa que o arco íris
Testemunhem nossos amores...!
O mar nela bate calmo
Mas com muita excitação ...!
Enrolando-se na areia
Vibrando com a nossa paixão ...!
Rema ,menina do mar
Leva-me contigo
Te juro que vou gostar
Te prometo amor ...
Na tua ilha sem cessar ...!
"AMAR É AGORA "
Menina formosa
De cabelos dourados
Bela e vaidosa
Muito apressada
Em tua barca que vais a remar
Leva-me para a tua ilha
Para eu te poder amar...!
De beleza natural
Tua ilha é provida
Decorada de várias cores
Deixa que o arco íris
Testemunhem nossos amores...!
O mar nela bate calmo
Mas com muita excitação ...!
Enrolando-se na areia
Vibrando com a nossa paixão ...!
Rema ,menina do mar
Leva-me contigo
Te juro que vou gostar
Te prometo amor ...
Na tua ilha sem cessar ...!
"AMAR É AGORA "
Teresa Teixeira
O dia amanheceu
Amanheceu a luz no teu olhar
Horizonte veio beijar as cores
Multicolore ternura brisa suave
Candura a envolver nosso ser…
Naquela frescura de papoila
Levemente se enamorando
Do seu vento em movimento
E, num só lamento, só tormento
De não ser papoila ao vento!
Naufragando no seu querer
Olhando o sentir de ser…ser…
Eternamente…amante!
Amanheceu a luz no teu olhar
Horizonte veio beijar as cores
Multicolore ternura brisa suave
Candura a envolver nosso ser…
Naquela frescura de papoila
Levemente se enamorando
Do seu vento em movimento
E, num só lamento, só tormento
De não ser papoila ao vento!
Naufragando no seu querer
Olhando o sentir de ser…ser…
Eternamente…amante!
Juliani Rosendo
FLUTUANDO NAS TUAS LEMBRANÇAS!
Nenhum ontem,
Iluminado por teus olhos,
Deixará de ser amanhã!
Tanto quanto mais acentuado!
Doí o meu peito triste!
Flutuando nas tuas lembranças!
Recordando teu sorriso doce,
Sinto a mesma emoção!
Sentimento que devasta...
Na experiência, completa do teu amor!
Nossos momentos felizes,
Jamais deixarão de existir!
Sem mágoa pela dor sentida,
Inundada nas lágrimas da tua partida!
Não podes deixar,
De colorir meus caminhos!
Nos nossos encontros,
Nasciam flores nos jardins,
Mais tomados de espinhos!
Nada sem ti faz sentido,
E, nas altas horas...
Na minha saudade...
Teu nome vem ecoando!
Nenhum ontem,
Iluminado por teus olhos,
Deixará de ser amanhã!
Tanto quanto mais acentuado!
Doí o meu peito triste!
Flutuando nas tuas lembranças!
Recordando teu sorriso doce,
Sinto a mesma emoção!
Sentimento que devasta...
Na experiência, completa do teu amor!
Nossos momentos felizes,
Jamais deixarão de existir!
Sem mágoa pela dor sentida,
Inundada nas lágrimas da tua partida!
Não podes deixar,
De colorir meus caminhos!
Nos nossos encontros,
Nasciam flores nos jardins,
Mais tomados de espinhos!
Nada sem ti faz sentido,
E, nas altas horas...
Na minha saudade...
Teu nome vem ecoando!
Celeste Leite
DEIXA FALAR
Deixa falar, quem fala.
Deixa as vozes se ouvirem.
Deixa a agonia sair deste meu peito.
Na cama onde me deito,
Eu fico a pensar
E por vezes me revolto,
Por deixar a tristeza chegar.
As palavras me rodeiam,
Mas só palavras boas anseio,
Do amante que ainda espero.
Mas sinto que já desespero,
Com a sua eterna chegada.
Nesta vida desgraçada,
Tudo fala o que não devia falar.
Deixem os amantes se amarem,
Deixem-nos para lá deitados ficar.
Nos lençóis macios a rebolar.
É a hora do amor!
É a hora do calor transbordar!
É o momento de falarem os corpos,
De se erguerem os copos
E à sua paixão brindar.
De gritarem palavras sensuais,
Nos bons momentos, presentes, reais!
Porque a palavra florida,
Bem dada, faz falta!
E os corações felizes,
Fazem mal aos infelizes,
Que nem de amor querem ouvir falar!
Mas deixa falar quem fala!
Deixa entrar o amor!
Daquele que há-de vir,
Para que eu possa prosseguir,
Para que eu volte novamente a sorrir!
Eu quero amar!
Eu quero no amor me deixar levar.
Quero mesmo me deixar ir…
E no final,
Deixa falar quem fala!
Deixa-os falar!
Deixa falar, quem fala.
Deixa as vozes se ouvirem.
Deixa a agonia sair deste meu peito.
Na cama onde me deito,
Eu fico a pensar
E por vezes me revolto,
Por deixar a tristeza chegar.
As palavras me rodeiam,
Mas só palavras boas anseio,
Do amante que ainda espero.
Mas sinto que já desespero,
Com a sua eterna chegada.
Nesta vida desgraçada,
Tudo fala o que não devia falar.
Deixem os amantes se amarem,
Deixem-nos para lá deitados ficar.
Nos lençóis macios a rebolar.
É a hora do amor!
É a hora do calor transbordar!
É o momento de falarem os corpos,
De se erguerem os copos
E à sua paixão brindar.
De gritarem palavras sensuais,
Nos bons momentos, presentes, reais!
Porque a palavra florida,
Bem dada, faz falta!
E os corações felizes,
Fazem mal aos infelizes,
Que nem de amor querem ouvir falar!
Mas deixa falar quem fala!
Deixa entrar o amor!
Daquele que há-de vir,
Para que eu possa prosseguir,
Para que eu volte novamente a sorrir!
Eu quero amar!
Eu quero no amor me deixar levar.
Quero mesmo me deixar ir…
E no final,
Deixa falar quem fala!
Deixa-os falar!
José Manuel Cabrita Neves
QUANDO FOR GRANDE
Quando for grande o que é que quero ser?
Respondia a menina indagada,
Não vou, como é costume, responder:
Quero ser médica ou ser advogada!
Quero ser a mãe, que me viu nascer,
Uma mãe com a mente libertada…
Que me acompanha, que me vê crescer
E me ensina a querer o tudo e o nada!...
Quero ensinar os pais a serem pais,
A serem dos seus filhos companhia,
Deixando-os livres tal como os pardais!
É a escola da vida, a garantia
De modos de educar originais:
Que eu quero ensinar no dia-a-dia!...
Quando for grande o que é que quero ser?
Respondia a menina indagada,
Não vou, como é costume, responder:
Quero ser médica ou ser advogada!
Quero ser a mãe, que me viu nascer,
Uma mãe com a mente libertada…
Que me acompanha, que me vê crescer
E me ensina a querer o tudo e o nada!...
Quero ensinar os pais a serem pais,
A serem dos seus filhos companhia,
Deixando-os livres tal como os pardais!
É a escola da vida, a garantia
De modos de educar originais:
Que eu quero ensinar no dia-a-dia!...
domingo, 29 de setembro de 2013
Carlos Manuel Alves Margarido
Desgarrada de amor
Perdi os pés na manhã
No vai e vem
Dos giros das ruas
Na sombra das tardes
Escurecidas na cal das paredes
Passo no assobio da tua janela
Por ti deixo uma lagrima
Em cada esquina
Se olhares nuns olhos
Ainda molhados a sorrir
Saberás quem sou
Que toquem o fado
Com a dor de todos os amores
Na força desmedida
De um abraço dançado
Sem ti sou um desgraçado
Perdido nos pés a cada amanhecer
Perdi os pés na manhã
No vai e vem
Dos giros das ruas
Na sombra das tardes
Escurecidas na cal das paredes
Passo no assobio da tua janela
Por ti deixo uma lagrima
Em cada esquina
Se olhares nuns olhos
Ainda molhados a sorrir
Saberás quem sou
Que toquem o fado
Com a dor de todos os amores
Na força desmedida
De um abraço dançado
Sem ti sou um desgraçado
Perdido nos pés a cada amanhecer
Mila Lopes
HOJE O DIA
Nasceu
Com um doce aroma
Da chuva no ar
Tem o perfume
Da felicidade
No horizonte
O sol brilha
Num brilho alaranjado
Uma brisa suave
Invade meu ser
Um sopro de vento
Bate no meu rosto
Sinto-me feliz
Olho o campo aqui
Pertinho de mim
Vejo lindas borboletas
E os pássaros
Cantando de alegria
Abro os braços
Emocionada
E fico em paz
Com a minha alma
Mais um dia
De magia
Na minha vida.
Nasceu
Com um doce aroma
Da chuva no ar
Tem o perfume
Da felicidade
No horizonte
O sol brilha
Num brilho alaranjado
Uma brisa suave
Invade meu ser
Um sopro de vento
Bate no meu rosto
Sinto-me feliz
Olho o campo aqui
Pertinho de mim
Vejo lindas borboletas
E os pássaros
Cantando de alegria
Abro os braços
Emocionada
E fico em paz
Com a minha alma
Mais um dia
De magia
Na minha vida.
Telma Estevao
Amor suspenso
Só posso adiar o meu amor
Por mais algumas horas.
Ainda que o grito e a dor
Sufoque na garganta
Ainda que a madrugada demore
E o corpo arda e definhe cansado
Porque a minha vida é o dia de hoje
E um dia este dia será o de ontem!
Só posso adiar as minhas palavras
E os meus sonhos por algumas horas.
Ainda que seja cedo
Suicido a minha alma constantemente
Com chuva e granizo
Noite após noite na minha cama.
Só posso adiar por mais algum tempo…
A delícia de colher em teus lábios
A tua saliva e o teu riso
Pois o tempo tem hora
E eu acordo nos meus sonhos.
A vida não demora, nem espera
São alguns momentos breves e escassos
Mas os meus sonhos, esses são a vida inteira!
Quando os sonhos
Chamam por mim, eu em silêncio estremeço!
Só posso adiar o meu amor
Por mais algumas horas.
Ainda que o grito e a dor
Sufoque na garganta
Ainda que a madrugada demore
E o corpo arda e definhe cansado
Porque a minha vida é o dia de hoje
E um dia este dia será o de ontem!
Só posso adiar as minhas palavras
E os meus sonhos por algumas horas.
Ainda que seja cedo
Suicido a minha alma constantemente
Com chuva e granizo
Noite após noite na minha cama.
Só posso adiar por mais algum tempo…
A delícia de colher em teus lábios
A tua saliva e o teu riso
Pois o tempo tem hora
E eu acordo nos meus sonhos.
A vida não demora, nem espera
São alguns momentos breves e escassos
Mas os meus sonhos, esses são a vida inteira!
Quando os sonhos
Chamam por mim, eu em silêncio estremeço!
Agostinho Borges de Carvalho
Festa na Cidade
A cidade ,evocando e chamando liberdade,enche-se de salpicos de chuva.
Résteas de luz também por entre as folhas do jardim.
O oscilar das folhas devido ao vento escreve o livro da vida em sinais abstractos e matriciais formas geométricas da Natureza.
Acho que o sonho se incorpora na vida.
E o coração desta floresta é agitado pelo trinar das aves e dos
pássaros.
É dia de festa.Romântico latejar nesta sublimidade temporal.
Mas das margens deste suculento rio se abre o caminho que nos
leva à cabana donde as andorinhas já fugiram.
Nesta casa perdida ,sinto por entre a beleza de móveis e bancos
os gemidos da tua sensualidade aqui vivida.
É a casa da descoberta onde os animais se humanizam e onde as cotovias nos alegram com seu arrufar. É a casa da busca de amor.
Deixarei o tédio e sorrirei pela manhã.
E a felicidade torna-se uma fugaz emoção de prazer e de dor.
E uma antevisão deste surgir de música e do acordar das luzes
na cidade.
Vai,gaivota,leva o sol dos teus orgasmos de viver para assim criar o dia
do delírio de teu sexo.
Sonho é amor de paz
e harmonia.
Forma sólida de vida.
A cidade ,evocando e chamando liberdade,enche-se de salpicos de chuva.
Résteas de luz também por entre as folhas do jardim.
O oscilar das folhas devido ao vento escreve o livro da vida em sinais abstractos e matriciais formas geométricas da Natureza.
Acho que o sonho se incorpora na vida.
E o coração desta floresta é agitado pelo trinar das aves e dos
pássaros.
É dia de festa.Romântico latejar nesta sublimidade temporal.
Mas das margens deste suculento rio se abre o caminho que nos
leva à cabana donde as andorinhas já fugiram.
Nesta casa perdida ,sinto por entre a beleza de móveis e bancos
os gemidos da tua sensualidade aqui vivida.
É a casa da descoberta onde os animais se humanizam e onde as cotovias nos alegram com seu arrufar. É a casa da busca de amor.
Deixarei o tédio e sorrirei pela manhã.
E a felicidade torna-se uma fugaz emoção de prazer e de dor.
E uma antevisão deste surgir de música e do acordar das luzes
na cidade.
Vai,gaivota,leva o sol dos teus orgasmos de viver para assim criar o dia
do delírio de teu sexo.
Sonho é amor de paz
e harmonia.
Forma sólida de vida.
Celeste Leite
O Eco do Silêncio
No eco do silencio,
cai a noite.
Sem a revolta do dia,
vencendo o cansaço.
E neste infecundo amargor de solidão,
As dores de alma,
embalo-as no pulsar do coração.
E deito-me naquele gélido leito,
olhando a chuva prata que cai,
Vendo a lua girar para onde vai o meu olhar.
Lua que se desprende,
na noite por entre os raios de luz,
Das nuvens brancas sedosas que a acolheram.
Devassa do amor platónico,
devassa do eco irónico,
No silêncio da noite,
nas ramagens de um sonho,
Vou acendendo as velas apagadas,
consolando as mágoas,
Numa queixa abafada,
nas névoas soltas ao vento que passa.
Mas muros se erguem,
na poeira que se levanta
E o meu rosto retorcido,
fecha-se na voragem da consciência.
No som da distancia.
Nos constantes delírios da mente.
No eco do silencio,
cai a noite.
Sem a revolta do dia,
vencendo o cansaço.
E neste infecundo amargor de solidão,
As dores de alma,
embalo-as no pulsar do coração.
E deito-me naquele gélido leito,
olhando a chuva prata que cai,
Vendo a lua girar para onde vai o meu olhar.
Lua que se desprende,
na noite por entre os raios de luz,
Das nuvens brancas sedosas que a acolheram.
Devassa do amor platónico,
devassa do eco irónico,
No silêncio da noite,
nas ramagens de um sonho,
Vou acendendo as velas apagadas,
consolando as mágoas,
Numa queixa abafada,
nas névoas soltas ao vento que passa.
Mas muros se erguem,
na poeira que se levanta
E o meu rosto retorcido,
fecha-se na voragem da consciência.
No som da distancia.
Nos constantes delírios da mente.
Arilo Cavalcanti Jr.
IMPULSOS DA PAIXÃO
Previamente busquei o requinte dos teus beijos
Uma sensação única e incomparável
Mesmo sabendo da abstinência dos teus desejos
Ousei e fui fundo com meu instinto indomável
Entrei intrepidamente nos seus vastos domínios
Como o mais insubordinado dos amantes
Encantado com as suas delícias e fascínios
Mas compensado com carícias abundantes
Desobedeci regras em nome desta paixão
Abandonando a cautela e a prudência
Vorazmente numa louca obstinação
Transpondo obstáculos com persistência
Ignorei as evidentes conclusões das aparências
Sigo em frente usando as minhas experiências
Saciando com prazer as suas cobiçadas preferências
Apesar das tempestades e das turbulências
Um sonho de excessivas imaginações
Mantém intensamente acesa a nossa chama
Completando esta divina epopeia das emoções
Anseios e receios de um casal que se ama
Previamente busquei o requinte dos teus beijos
Uma sensação única e incomparável
Mesmo sabendo da abstinência dos teus desejos
Ousei e fui fundo com meu instinto indomável
Entrei intrepidamente nos seus vastos domínios
Como o mais insubordinado dos amantes
Encantado com as suas delícias e fascínios
Mas compensado com carícias abundantes
Desobedeci regras em nome desta paixão
Abandonando a cautela e a prudência
Vorazmente numa louca obstinação
Transpondo obstáculos com persistência
Ignorei as evidentes conclusões das aparências
Sigo em frente usando as minhas experiências
Saciando com prazer as suas cobiçadas preferências
Apesar das tempestades e das turbulências
Um sonho de excessivas imaginações
Mantém intensamente acesa a nossa chama
Completando esta divina epopeia das emoções
Anseios e receios de um casal que se ama
Élia Morais Araújo
(Volta por favor)
Responde-me amor!...
Não me queres ver!...
Não me queres ouvir?
Responde ao menos!...
Quero ver-te sorrir…
Choro por ti meu amor!...
Eu não te menti…
Olha aqueles versos tão teus…
Todos teus…
Que de mim nasceram com fervor,
Contigo no meu peito!
Não te afastes…
De mim, não te apartes…
nunca por favor.
Gostando de ti assim…
O que vou então fazer?
Lançar ao mundo este querer?
Dizê-lo a ti meu amor,
Este, tu… que tenho em mim!?
Te amo…!Volta por favor!
Responde-me amor!...
Não me queres ver!...
Não me queres ouvir?
Responde ao menos!...
Quero ver-te sorrir…
Choro por ti meu amor!...
Eu não te menti…
Olha aqueles versos tão teus…
Todos teus…
Que de mim nasceram com fervor,
Contigo no meu peito!
Não te afastes…
De mim, não te apartes…
nunca por favor.
Gostando de ti assim…
O que vou então fazer?
Lançar ao mundo este querer?
Dizê-lo a ti meu amor,
Este, tu… que tenho em mim!?
Te amo…!Volta por favor!
Pedro Belo Clara
UMA SÚBITA PAIXÃO
Trazias seguras nas ondas do cabelo
as folhas de um Outono
que se despia de cheiros e de cor,
nos lábios um esboço
de beijo plantado
entre tímidos sorrires,
nos olhos impresso o deslumbre
de uma paisagem sem fim.
Todo o teu corpo era um reflexo
de sol que pulsa e supremo reina,
de rio que serpenteia
por empedernidas sentinelas.
Com um perfume de vento,
por mim passaste.
E todas as histórias
que poderíamos viver
subitamente eclodiram
em bolhas de sonho sonhado.
Mas passaste, passaste…
Passaste como passam as horas
de um tempo de espera,
prenhe em hesitações.
E as bolhas, renegadas,
mirraram sem que mão alguma
com ternura as amparasse.
Trazias seguras nas ondas do cabelo
as folhas de um Outono
que se despia de cheiros e de cor,
nos lábios um esboço
de beijo plantado
entre tímidos sorrires,
nos olhos impresso o deslumbre
de uma paisagem sem fim.
Todo o teu corpo era um reflexo
de sol que pulsa e supremo reina,
de rio que serpenteia
por empedernidas sentinelas.
Com um perfume de vento,
por mim passaste.
E todas as histórias
que poderíamos viver
subitamente eclodiram
em bolhas de sonho sonhado.
Mas passaste, passaste…
Passaste como passam as horas
de um tempo de espera,
prenhe em hesitações.
E as bolhas, renegadas,
mirraram sem que mão alguma
com ternura as amparasse.
Antonio Montes
QUE A LAGRIMA
Que a minha lágrima derrame
sobre o meu sentimento
lavando a minha alma
acalentando-me
me apresentando aos vento
trazendo para o meu ser
uma gota de alento.
Que o meu choro seja
ouvido pela sua paixão
e te molhe ao se derramar
e respingue sobre você
e que assim te olhe
e te faça amolecer
para aderir-te ao meu viver.
E que esse viver seja amplo
para que lado a lado
desfrutaremos o amor
em um mundo de alegria
aonde podemos voar
e assim a cada dia
felizes conduziremos o amar.
Que a minha lágrima derrame
sobre o meu sentimento
lavando a minha alma
acalentando-me
me apresentando aos vento
trazendo para o meu ser
uma gota de alento.
Que o meu choro seja
ouvido pela sua paixão
e te molhe ao se derramar
e respingue sobre você
e que assim te olhe
e te faça amolecer
para aderir-te ao meu viver.
E que esse viver seja amplo
para que lado a lado
desfrutaremos o amor
em um mundo de alegria
aonde podemos voar
e assim a cada dia
felizes conduziremos o amar.
Ana Antunes
Arriscar viver!
«A vida é bela!»,
Dizem uns.
«A vida é uma tristeza!»,
Dizem outros.
Afinal, o que é a vida?
É uma passagem para algo melhor,
Segundo os que acreditam em Deus.
É uma passagem para o fim,
Segundo os agnósticos.
Mas que é uma passagem,
Não há duvida,
Por isso procuremos
Que ela não seja triste, nostálgica,
Mas alegre, cheia de momentos bons.
Vivamos intensamente as emoções
Para encontrarmos a felicidade
Nas pequenas coisas
E sermos capazes de:
Respirar a brisa do mar,
Cheirar o perfume das flores,
Ouvir a melodia da água a correr,
Observar as ondas a enrolar na areia,
Ver os passarinhos a voar em liberdade,
E, com a mesma liberdade, sermos humildes,
Sentir os raios de sol tocarem o nosso rosto
Enchendo o nosso coração
Para o escutarmos,
Deixando fluir o amor…
«A vida é bela!»,
Dizem uns.
«A vida é uma tristeza!»,
Dizem outros.
Afinal, o que é a vida?
É uma passagem para algo melhor,
Segundo os que acreditam em Deus.
É uma passagem para o fim,
Segundo os agnósticos.
Mas que é uma passagem,
Não há duvida,
Por isso procuremos
Que ela não seja triste, nostálgica,
Mas alegre, cheia de momentos bons.
Vivamos intensamente as emoções
Para encontrarmos a felicidade
Nas pequenas coisas
E sermos capazes de:
Respirar a brisa do mar,
Cheirar o perfume das flores,
Ouvir a melodia da água a correr,
Observar as ondas a enrolar na areia,
Ver os passarinhos a voar em liberdade,
E, com a mesma liberdade, sermos humildes,
Sentir os raios de sol tocarem o nosso rosto
Enchendo o nosso coração
Para o escutarmos,
Deixando fluir o amor…
Margarida Sorribas
Uma cor
No bolso para te dar
guardo perfeita uma cor
pedaço de azul luar
verde turquesa do mar
ou o claro belíssimo do amor
Será vermelho violento
contrastante com um mate
breve tom do pensamento
magoado num momento
se a injustiça me bate
Olha aquele azul cobalto
fervilhando mineral
quando eu acordo e salto
p`ra te cantar o plano alto
dum poema natural
Nasce ainda um verde forte
feito por dentro de mim
um cheiro da cor da sorte
pedaços do vento norte
que eu prefiro dizer assim
Contraste em alto teor
é o cinzento suave
mas prevalece maior
o futurismo da cor
do alto voo da ave
A paleta do pintor
não chega,é pouco.é pequena
para te dizer com rigor
a cor a única cor
do amor que vale a pena
Mas quando gastas as cores
resta o traço que nos espelha
somos os nossos amores
e pintamos por amor
versos do arco da velha
No bolso para te dar
guardo perfeita uma cor
pedaço de azul luar
verde turquesa do mar
ou o claro belíssimo do amor
Será vermelho violento
contrastante com um mate
breve tom do pensamento
magoado num momento
se a injustiça me bate
Olha aquele azul cobalto
fervilhando mineral
quando eu acordo e salto
p`ra te cantar o plano alto
dum poema natural
Nasce ainda um verde forte
feito por dentro de mim
um cheiro da cor da sorte
pedaços do vento norte
que eu prefiro dizer assim
Contraste em alto teor
é o cinzento suave
mas prevalece maior
o futurismo da cor
do alto voo da ave
A paleta do pintor
não chega,é pouco.é pequena
para te dizer com rigor
a cor a única cor
do amor que vale a pena
Mas quando gastas as cores
resta o traço que nos espelha
somos os nossos amores
e pintamos por amor
versos do arco da velha
Maria Tavares
Chegaste amor
Correndo no vento
Para chegares a tempo
De te olhar
De te dizer que te amo
De transformar minha dor
Na maior prova de amor
Mais te amo mais te quero
Não penso em mais nada
Por ti sou amada
Quero- te ter
Quero-te querer
Quero viver
Pois já não dá para esconder
Este nosso amor
E porque existe Céu
Nele está escrito
O meu amor e o teu
Correndo no vento
Para chegares a tempo
De te olhar
De te dizer que te amo
De transformar minha dor
Na maior prova de amor
Mais te amo mais te quero
Não penso em mais nada
Por ti sou amada
Quero- te ter
Quero-te querer
Quero viver
Pois já não dá para esconder
Este nosso amor
E porque existe Céu
Nele está escrito
O meu amor e o teu
Joaquim Jorge Oliveira
RESGATE
Fui hoje, resgatar o teu belo ser
Aos confins longínquos do universo
Enquanto eu tive força para o fazer
Força que não sei! Qual é! confesso!
Dormias num colchão de velha hera
Guardada por fantasmas velhos,tristes
Hibernando e esperando a primavera
Arrependida porque daqui tu fugistes
Voltei e entrei contigo num velho bar
Lugar onde se destila a morte e a vida
Quis ver-te de novo acordar,ressuscitar
Ofereci-te uma sagrada e divina bebida
Para que recuperasses em ti essa beleza
Corasses essa tua face angélica e lívida
Devolver-te ao corpo a tua frágil leveza
Há muito morta e eternamente esquecida
E foi lindo ver o teu renascer na história
Quando tudo parecia morto e esquecido
Com gentileza devolvi ao teu ser memória
E tu agora estás de novo, no palco comigo.
Tens agora à tua frente o supremo desafio
Do que vais fazer neste teu novo recomeço
Espero que o faças com sentimento e brio
Enquanto eu fujo deste mundo e adormeço
Fui hoje, resgatar o teu belo ser
Aos confins longínquos do universo
Enquanto eu tive força para o fazer
Força que não sei! Qual é! confesso!
Dormias num colchão de velha hera
Guardada por fantasmas velhos,tristes
Hibernando e esperando a primavera
Arrependida porque daqui tu fugistes
Voltei e entrei contigo num velho bar
Lugar onde se destila a morte e a vida
Quis ver-te de novo acordar,ressuscitar
Ofereci-te uma sagrada e divina bebida
Para que recuperasses em ti essa beleza
Corasses essa tua face angélica e lívida
Devolver-te ao corpo a tua frágil leveza
Há muito morta e eternamente esquecida
E foi lindo ver o teu renascer na história
Quando tudo parecia morto e esquecido
Com gentileza devolvi ao teu ser memória
E tu agora estás de novo, no palco comigo.
Tens agora à tua frente o supremo desafio
Do que vais fazer neste teu novo recomeço
Espero que o faças com sentimento e brio
Enquanto eu fujo deste mundo e adormeço
Maria Morais de Sa
Sou pó
Danço em pó
sob o teu vento
não sou nada.
Nem sou livro
que leste sob um lamento
de terra molhada
que agora me envolve em lama.
Danço em pó
sob o teu vento
sou terra rachada.
Agora seca
de tão soprada
que já nem sei se sou
porque danço em pó
sob o teu vento!
Danço em pó
sob o teu vento
não sou nada.
Nem sou livro
que leste sob um lamento
de terra molhada
que agora me envolve em lama.
Danço em pó
sob o teu vento
sou terra rachada.
Agora seca
de tão soprada
que já nem sei se sou
porque danço em pó
sob o teu vento!
Manuel Manços Assunção Pedro
DIAS CHUVOSOS
Dias negros, chuvosos… e nublados,
que se avizinham, por ínvios caminhos,
furtam os halos aos dias dourados,
de sol radioso, e cravam seus espinhos.
Dias… meus círios vivos, amargados,
tumulares angústias, torvelinhos.
Iluminam os ícones sagrados.
E envolvem divindades em arminhos.
E são meus dias tristes e sombrios,
que vivo sem luz, entre espaços frios,
frios c’mas noites frias e sem luz.
Por vezes, vejo alguém numa janela…,
é a tua efígie, cinzelada e bela…,
extingue-se o meu frio e acaba a cruz.
Dias negros, chuvosos… e nublados,
que se avizinham, por ínvios caminhos,
furtam os halos aos dias dourados,
de sol radioso, e cravam seus espinhos.
Dias… meus círios vivos, amargados,
tumulares angústias, torvelinhos.
Iluminam os ícones sagrados.
E envolvem divindades em arminhos.
E são meus dias tristes e sombrios,
que vivo sem luz, entre espaços frios,
frios c’mas noites frias e sem luz.
Por vezes, vejo alguém numa janela…,
é a tua efígie, cinzelada e bela…,
extingue-se o meu frio e acaba a cruz.
Rui Moreira Henriques Serrano
O BARCO PASSOU E NÃO VOLTOU
Na linha do horizonte, vejo um barco a passar,
Vai para Sul, esqueceu-se de me levar,
Tenho saudades da maresia e do enjoo,
Das ondas e das gaivotas no seu voo.
Perde-se o barco na curvatura do oceano,
Perco-me eu nas recordações de antanho,
Sensação d'atravessar a linha do Equador,
P'ra chegar à minha terra, meu esplendor.
Desencadeia-se forte tempestade marítima,
O barco estremece e ameaça naufragar,
Passageiros e tripulantes ficam a rezar,
A viagem torna-se trágica e perigosíssima.
O barco chegou ao destino, tão longe de mim,
Que deixei de o ver p'ra sempre, e nele viajar,
Privilegio dos que podem a passagem pagar,
Fiquei à espera d'ainda poder ter outro fim.
Na linha do horizonte, vejo um barco a passar,
Vai para Sul, esqueceu-se de me levar,
Tenho saudades da maresia e do enjoo,
Das ondas e das gaivotas no seu voo.
Perde-se o barco na curvatura do oceano,
Perco-me eu nas recordações de antanho,
Sensação d'atravessar a linha do Equador,
P'ra chegar à minha terra, meu esplendor.
Desencadeia-se forte tempestade marítima,
O barco estremece e ameaça naufragar,
Passageiros e tripulantes ficam a rezar,
A viagem torna-se trágica e perigosíssima.
O barco chegou ao destino, tão longe de mim,
Que deixei de o ver p'ra sempre, e nele viajar,
Privilegio dos que podem a passagem pagar,
Fiquei à espera d'ainda poder ter outro fim.
Gil Ordonio
Esperança e Experiência
Existem nessa vida os longos e também os curtos caminhos
Mas para alcançar sucesso é preciso se use de inteligência
Um dos caminhos a esperança tem início ainda pequenininho
O outro se adquire com o passar dos anos,falo da experiência
Quando em tenra idade, representa os sonhos e as esperanças
De toda uma família e as vezes até mesmo de toda uma nação
Assim tem sido vista do mundo todas as nossas crianças
Que tem sempre transbordando de bondade,e fé o seu coração
E com o transcorrer dos longos e também saudosos anos
Surge uma outra verdade que não depende de inteligência
Onde têm guardados todos os seus doces ou amargos arcanos
Falo do aprendizado adquirido com os anos de experiência
Não importa se és tão somente uma das muitas crianças
Ou um ancião esquecido por hábito ou mesmo negligências
Não esqueçamos porém que esse velho foi ontem esperanças
E essa criança de hoje, será o amanhã de experiências
Existem nessa vida os longos e também os curtos caminhos
Mas para alcançar sucesso é preciso se use de inteligência
Um dos caminhos a esperança tem início ainda pequenininho
O outro se adquire com o passar dos anos,falo da experiência
Quando em tenra idade, representa os sonhos e as esperanças
De toda uma família e as vezes até mesmo de toda uma nação
Assim tem sido vista do mundo todas as nossas crianças
Que tem sempre transbordando de bondade,e fé o seu coração
E com o transcorrer dos longos e também saudosos anos
Surge uma outra verdade que não depende de inteligência
Onde têm guardados todos os seus doces ou amargos arcanos
Falo do aprendizado adquirido com os anos de experiência
Não importa se és tão somente uma das muitas crianças
Ou um ancião esquecido por hábito ou mesmo negligências
Não esqueçamos porém que esse velho foi ontem esperanças
E essa criança de hoje, será o amanhã de experiências
Genésio Cavalcanti
DE QUE IMPORTA?
De que importa...
Meu sorriso franco, aberto
Meu coração a se entregar...
Se não tenho você por perto
Um lindo amor pra se amar?
De que importa...
O azul mais lindo do céu
As estrelas, o brilho do luar
Se meus olhos te procuram
E não conseguem te achar?
De que me importa...
A beleza de uma rosa
Se já não posso nem sonhar...
E todos os meus desejos
Navegam em outro mar?
De que importa...
De que importa...
Meu sorriso franco, aberto
Meu coração a se entregar...
Se não tenho você por perto
Um lindo amor pra se amar?
De que importa...
O azul mais lindo do céu
As estrelas, o brilho do luar
Se meus olhos te procuram
E não conseguem te achar?
De que me importa...
A beleza de uma rosa
Se já não posso nem sonhar...
E todos os meus desejos
Navegam em outro mar?
De que importa...
Jose Sepulveda
São Rosas
Olhava para mim apaixonada
E passeava à volta, em meu jardim,
Tentava desvendar o o que encontrava
Nas coisas que guardava para mim
E enquanto em meus segredos mergulhava
Tentando descobrir coisas assim,
Num tom apreensivo, perguntava:
- Que levas no regaço, querubim?
E nesse turbilhão de pensamentos,
Tentando controlar os sentimentos
Que possam dar tormentos, trazer dor,
Tentando aliviar a sofridão,
Abri de par em par o coração,
Mostrando-lhe: - São rosas, meu amor!
Olhava para mim apaixonada
E passeava à volta, em meu jardim,
Tentava desvendar o o que encontrava
Nas coisas que guardava para mim
E enquanto em meus segredos mergulhava
Tentando descobrir coisas assim,
Num tom apreensivo, perguntava:
- Que levas no regaço, querubim?
E nesse turbilhão de pensamentos,
Tentando controlar os sentimentos
Que possam dar tormentos, trazer dor,
Tentando aliviar a sofridão,
Abri de par em par o coração,
Mostrando-lhe: - São rosas, meu amor!
Jomaleu Leo
Pedras soltas da alma …
Quem me atira pedra
Que seja então apedrejado
Que essas pedras sejam
Como sentença
De um ser condenado
E se não chegar
Que me maldigam
Sou poeta
Mesmo que não me liguem
Mas para outros
É motivo de intriga
Odeio mesquinhices
E o diz que disse
Não me venham com aldrabices
Eu não mereço esse castigo
Já me basta a pesada pena
De escrever o que sinto
Doí-me o coração
Por ser assim, eu não minto
Mas esta minha alma
Sempre me castiga
Por sina ou destino
Eu com ela persigo
Seja o meu destino
Ou o meu caminho.
Quem me atira pedra
Que seja então apedrejado
Que essas pedras sejam
Como sentença
De um ser condenado
E se não chegar
Que me maldigam
Sou poeta
Mesmo que não me liguem
Mas para outros
É motivo de intriga
Odeio mesquinhices
E o diz que disse
Não me venham com aldrabices
Eu não mereço esse castigo
Já me basta a pesada pena
De escrever o que sinto
Doí-me o coração
Por ser assim, eu não minto
Mas esta minha alma
Sempre me castiga
Por sina ou destino
Eu com ela persigo
Seja o meu destino
Ou o meu caminho.
Alfredo Costa Pereira
“OLHOS VERDES SENSUAIS”
Ó terra dos rouxinóis e madressilvas de cheiro, que cantam de uma faia para um loureiro! Quiseste em prosa descrevê-la e eu em versos vou preenchê-la! E no aroma da madressilva vou dar-tos, para os leres no meio dos ramos entrelaçados, para aqueceres o teu coração! E quando acabares de os ler, já na noite escura dá-os aos rouxinóis, para que eles os cantem com a sua voz pura! Neste teu lugar há verde no mar, e na terra verdes diversos; mas o verde do teu olhar, nem os rouxinóis, nem eu, os sei cantar nos meus versos! Vejo na terra, no céu, no mar, em tudo ao teu redor, verde, que não é o teu, embora seja da mesma cor! E como se a cor não bastasse, uma expressão, que eu explicar nem sei, nos olhos tens e na face, que em mais ninguém encontrei! Nem no mar nem na terra, nem no reino dos vegetais! Como os teus olhos só conheço esmeraldas, assim verdes e assim tão sensuais!
Ó terra dos rouxinóis e madressilvas de cheiro, que cantam de uma faia para um loureiro! Quiseste em prosa descrevê-la e eu em versos vou preenchê-la! E no aroma da madressilva vou dar-tos, para os leres no meio dos ramos entrelaçados, para aqueceres o teu coração! E quando acabares de os ler, já na noite escura dá-os aos rouxinóis, para que eles os cantem com a sua voz pura! Neste teu lugar há verde no mar, e na terra verdes diversos; mas o verde do teu olhar, nem os rouxinóis, nem eu, os sei cantar nos meus versos! Vejo na terra, no céu, no mar, em tudo ao teu redor, verde, que não é o teu, embora seja da mesma cor! E como se a cor não bastasse, uma expressão, que eu explicar nem sei, nos olhos tens e na face, que em mais ninguém encontrei! Nem no mar nem na terra, nem no reino dos vegetais! Como os teus olhos só conheço esmeraldas, assim verdes e assim tão sensuais!
Antonio Montes
SEUS PODERES
Pastor, ou meus pastores
eu admiro os seus poderes
sabe de tudo mais que doutores
condena o mundo aos horrores
e fazem suas festas de prazeres.
Decidem quem vai para o céu
apenas com dizimo seu
quanto maior menos ateu
e falam na língua de Deus.
Tens a chave do paraíso
lá só entra quem eles querem
fazendas e piscinas é seu uso
sempre rodeado de mulheres.
Falam e também choram no palco
assim como político faz
demonstram miseras e trapos
e condena o contra ao satanás .
Tem ganância é querem grana
para o seu templo enriquecer
só andam de carrão bacana
que se dane o mundo e você.
Certo para o céu já estão
recebeu a cara do perdão
que se lasque o resta da nação
para inferno que não for irmão.
Pastor, ou meus pastores
eu admiro os seus poderes
sabe de tudo mais que doutores
condena o mundo aos horrores
e fazem suas festas de prazeres.
Decidem quem vai para o céu
apenas com dizimo seu
quanto maior menos ateu
e falam na língua de Deus.
Tens a chave do paraíso
lá só entra quem eles querem
fazendas e piscinas é seu uso
sempre rodeado de mulheres.
Falam e também choram no palco
assim como político faz
demonstram miseras e trapos
e condena o contra ao satanás .
Tem ganância é querem grana
para o seu templo enriquecer
só andam de carrão bacana
que se dane o mundo e você.
Certo para o céu já estão
recebeu a cara do perdão
que se lasque o resta da nação
para inferno que não for irmão.
Auber Fioravante Júnior
Jardim de todo Poente
Auber Fioravante Júnior
Ao som do contra baixo coração
Lágrimas encontram o rosto,
A face encontra o lábio,
E a boca... Ah, a boca!
Doa-se ao vermelho céu... Cereja!
Na tangência do horizonte
O pôr em sol, em dó o luar expõe-se ao olhar,
Divagando pela nau de amar, pela pele o bordado
Intuindo do elemento dor toda forma de prece,
Em oração escreve-se o amor!
Das etéreas pautas,
Notas imperfeitas, mas imortais, únicas
Como as uvas daquele chatô
Servido na taça, na vivência dos verbos
Peito solidão, seio plenitude!
Chora... Ah, pranto sofreguidão!
Lamente-se pelos guias da noite,
Ao suavizar da brisa adentrando pelos umbrais,
D’onde a chama se faz introspecção,
E a semente jardim de todo poente!
Auber Fioravante Júnior
Ao som do contra baixo coração
Lágrimas encontram o rosto,
A face encontra o lábio,
E a boca... Ah, a boca!
Doa-se ao vermelho céu... Cereja!
Na tangência do horizonte
O pôr em sol, em dó o luar expõe-se ao olhar,
Divagando pela nau de amar, pela pele o bordado
Intuindo do elemento dor toda forma de prece,
Em oração escreve-se o amor!
Das etéreas pautas,
Notas imperfeitas, mas imortais, únicas
Como as uvas daquele chatô
Servido na taça, na vivência dos verbos
Peito solidão, seio plenitude!
Chora... Ah, pranto sofreguidão!
Lamente-se pelos guias da noite,
Ao suavizar da brisa adentrando pelos umbrais,
D’onde a chama se faz introspecção,
E a semente jardim de todo poente!
Ró Mar
“O Eco do Silêncio”
Janelas, natureza, vos amo;
O Vento ao poema, o silêncio
Das árvores respiro e declamo
Na flor-de-lis ao sol, o prodígio.
Musa do meu Castelo azul de Mar,
Ao Sol nasce o luar, beijo do amor;
Rosa-dos-ventos, eco de mui amar;
Oásis-vida, a flor, a bela, a mor.
Ostra do Mar, a perola, meu olhar
Verde e marfim, o arco-íris, o sonho
Ao céu anil nas estrelas ao luar.
A Fonte cobiçada, elo essência;
É o eco do silêncio, risonho
Ninho, pleno de paz e poesia.
Janelas, natureza, vos amo;
O Vento ao poema, o silêncio
Das árvores respiro e declamo
Na flor-de-lis ao sol, o prodígio.
Musa do meu Castelo azul de Mar,
Ao Sol nasce o luar, beijo do amor;
Rosa-dos-ventos, eco de mui amar;
Oásis-vida, a flor, a bela, a mor.
Ostra do Mar, a perola, meu olhar
Verde e marfim, o arco-íris, o sonho
Ao céu anil nas estrelas ao luar.
A Fonte cobiçada, elo essência;
É o eco do silêncio, risonho
Ninho, pleno de paz e poesia.
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