IDÍLIO
Sonhei
Que a noite não amanhecia
Não amanhecia...
Das janelas da minha alma
Vi o céu que se rasgava em nesgas
De obscura claridade
Entre prateadas brechas
Lá nas alturas da cúpula celeste
Estrelas salpicavam o contorno
Do teu corpo de luz...
Crescias em nitidez
Surgias tu
Belo
Singelo e mudo
Calando fundo
No meu corpo saudade
A cópula dos desejos do mundo
Rompendo o pacto obceno
Da minha pseudo viuvez
Como sombra deitando sonolência
Sobre o abdomem das noites
Senti
Teu beijo síntese adormecido
Selar minhas pálpebras vigilantes
Para não mais despertar
Desse sonho
De nunca amanhecer...
Belíssimo!!!
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