TRISTE A TERRA
Triste, a Terra, vai gemendo em seus escolhos…
Os olhares tingem infinitos, distantes.
Há emoções que alguém ceifa e junta em molhos,
as sementes são marés p’ra navegantes.
Ardem corpos e cios, sobre os restolhos,
entre o sangue das papoilas, rutilantes…
Há um rio que desagua dos teus olhos,
mil gaivotas que se abraçam delirantes.
E vingam ocasos de ouro no firmamento,
nuvens rubras que ofuscam o pensamento,
a caminheiros que passam confiantes.
E o meu corpo pediu tanto p’ra que fosses,
para os meus lábios rubros, amoras doces,
em murmúrios que se esvaem sobre os montes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário