SAUDADES DE NAVEGAR
Respirei e invoquei a inspiração
Para eu poder meditar e refletir
Sobre o nosso desígnio de nação
Que não nos deixa agora sorrir
Fechei os meus olhos e naveguei
Por mares por chover e por nascer
E triste à dura conclusão, cheguei
Que esta pátria não quer morrer!
Mas, hoje! Meu amigo! Estás triste
Por saberes que és nada e ninguém
Na pátria nobre que só no hino existe
E prende à utópica condição de refém
Vejo! Nos teus olhos velhos de amante
As saudades que eles mostram e têm
Do adamastor do mar, sol e do sextante
E das glórias passadas que já não vêm
Sei que querias apreciar a madrugada
Na tranquilidade de um beijo de sereia
Transformada na tua, doce eterna amada
No sonho antigo que hoje te veio à ideia.
Deixa lá! Não percas ainda a esperança
Enquanto ouvires o nobre hino nacional
Mantêm vivo! O teu espírito de criança
Enquanto estiveres neste palco mortal.
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