Que paisagem idílica
O mar
A bater na areia com suavidade.
Espuma branca
Parecendo algodão.
Os peixes a navegar na água cristalina,
A areia amarela
Que apetece abraçar,
Para nela deixar ficar
Todas as nossas preocupações.
As arribas,
Cobertas de flores,
Belas e selvagens.
E logo mais acima,
Enormes palmeiras
Abanando levemente
E acolhendo os passarinhos com ternura.
As gaivotas,
Essas, indiferentes aos homens
(Que são o que são,
Mas poderiam apenas ser,
Porque é no ser que está a plenitude da vida),
Voam, voam livremente.
No meio da imensa praia,
Encontra-se um pintor,
Sozinho com os seus pincéis e a sua tela.
Pinta esta idílica paisagem.
Ele pinta-a,
Eu transmito-a para o papel.
Contudo não estamos em sintonia,
Porque o quadro dele
Está longe de ser parecido com o meu poema.
Os dois apresentamos beleza.
Todavia, cada um vê o que vê.
Porque os olhos vêem com o coração!
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